Hands-on: Donkey Kong Country 3D
Quem já jogou o Donkey Kong Country Returns para a Wii sabe o que esperar da versão 3DS: um jogo de plataformas com um design de níveis extremamente cuidado e com uma curva de dificuldade que vai subindo e subindo podendo fazer até os mais veteranos nestas lides arrancar cabelos em frustração. Por outras palavras, é um platformer fantástico que deve ser jogado.
A versão 3DS além da óbvia possibilidade de poder ser jogada em qualquer sítio traz um mundo novo com novos níveis que é desbloqueado depois de passado o jogo todo e tem também um modo mais fácil para quem acha o modo normal demasiado difícil. Este modo adiciona mais um coração às personagens e novos itens que podem ser comprados tais como o balão verde que nos salva caso se caia num buraco, o Crash Guard que nos dá uma segunda chance depois de uma colisão a bordo de um carrinho das minas ou de um barril. Claro que quem quiser pode jogar no modo normal que é igual ao da Wii, com a adição dos novos níveis.
Os controlos traduzem-se perfeitamente bem para a portátil, podendo até trazer vantagens a quem não se deu bem com os controlos por movimento da versão Wii, visto que aqui apenas são usados botões e o circle pad, agora já não podem culpar os comandos quando falham um roll jump. O 3D é sempre bem visível no jogo, mas é especialmente bom quando há mudanças de plano fazendo realçar o facto de estarmos bem lá atrás ou chegados à frente, até parece que a Retro já estava a pensar na possibilidade de o jogo vir ser a jogado em 3D estereoscópico no futuro quando fez a versão original. Devo dizer no entanto que por vezes achei que havia demasiado a acontecer no ecrã o que se tornava um bocado confuso especialmente a jogar com outra pessoa por wireless, mas só com mais horas de jogo em cima é que saberei se foi algo passageiro ou se a transição para um ecrã mais pequeno não será um problema.
Infelizmente o jogo corre a 30 fps em vez dos 60 da versão Wii, mas não encontrei nenhuma quebra de framerate no tempo jogado pelo que não deverá ser um problema, no entanto a falta anti-aliasing tanto em 2D como em 3D distrai bastante e tem algum impacto na qualidade gráfica, isto apesar dos níveis carregados de vida e detalhes, das animações fluídas e da proximidade aos gráficos da versão Wii.
A Monster Games parece ter feito um bom trabalho com este port e mesmo sem jogar muitas horas, parece seguro dizer que vai ser um grande jogo. Agora cabe a quem já jogou o jogo na Wii decidir se as novidades e a portabilidade compensam comprar esta nova versão, mas para todo os outros, recomenda-se que fiquem de olho nesta nova versão de um dos melhores jogos de plataformas dos últimos tempos.