Análises

Dragon’s Dogma: Dark Arisen

Um ano depois do lançamento de Dragon’s Dogma, a Capcom lança agora Dragon’s Dogma Dark Arisen. Mais do que uma compilação do jogo original com todos os DLCs lançados até agora, Dark Arisen é uma expansão, que inclui uma nova área bastante desafiante. Será isto o suficiente para regressar a este mundo?

Para quem não jogou o original lançado em 2012, o jogador é o Arisen, um herói sem voz que vê o seu coração ser arrancado por um enorme dragão após ter atacado a sua aldeia. Agora, terá de moldar um pawn ao seu gosto para o ajudar numa longa aventura e para se preparar para os desafios de Bitterblack Isle.

A história de Dark Arisen começa quando encontramos Olra no cais de Cassardis durante a noite. Apesar de aparentemente sofrer de amnésia, ela sente-se atraída por Bitterblack Isle e pede ajuda ao Arisen na sua exploração, na esperança de encontrar alguma explicação para o seu problema. Sob uma permanente luz do luar, a atmosfera da ilha é bem mais sombria e sinistra, contrastando com um estilo mais aberto e colorido característico do jogo original. As áreas presentes em Bitterblack Isle são claustrofóbicas, cheias de corredores estreitos, grutas, esgotos e salas subterrâneas.

Dragon's Dogma_ Dark Arisen Screenshot_reviewPara acentuar este lado mais negro, existem novos inimigos e algumas novas variantes que tornam desafiante a exploração da ilha. Para além disto, em certas partes da ilha irão aparecer de forma aleatória, inimigos especiais inclusive um, que constantemente persegue o jogador. O último terço será o mais díficil devido à composição de inimigos e por isso, será necessária alguma preparação para enfrentar com sucesso os desafios. Completada a quest principal, poderão voltar a explorar Bitterblack Isle, mas terão algumas surpresas, sob a forma de novos inimigos, composições de inimigos aleatórias e um boss final mais difícil.

Enquanto que as áreas originais incentivavam o jogador a explorar o mapa tendo perfeita noção do perigo, em Bitterblack Isle o foco recai para o combate e para o perigo inesperado. E é aqui que o sistema de pawns mostra o seu potencial. Embora o sistema de comandos não tenha levado nenhuma melhoria e a forma como se atribui certos aspectos de personalidade ao pawn não seja própriamente a melhor, o facto de os pawns ganharem conhecimento dos inimigos e das melhores tácticas, irá salvar o jogador de muitas más situações. Será frequente lutarem contra múltiplos inimigos ao mesmo tempo, e ainda aparecer um inimigo especial de forma inesperada.

Algumas classes terão mais problemas em enfrentar os inimigos de grande porte e por isso será necessário perder algum tempo a encontrar novo equipamento, que poderá ser ganho através de “Cursed Items”. Estes itens dão acesso às melhores armas e armaduras do jogo, assim como a novos Augments. Adicionalmente, também irão encontrar anéis que amplificam algumas habilidades, tornando-as mais fortes e eficazes.

Mas a Capcom não se limitou a adicionar uma nova área. Em vez disso, foram feitas algumas alterações à jogabilidade, como dois novos níveis de evolução do equipamento (passando de quatro para seis), uma nova animação de desvio, a possibilidade de equipar mais um acessório, ou até um sistema fast travel mais acessível. Os menus também sofreram algumas alterações, sendo agora mais fluídos e dando informações adicionais, e as diferentes classes foram revistas, de forma a serem todas opções viáveis.

Graficamente, mantém a mesma qualidade e problemas do original. O aspect ratio da imagem não irá agradar a todos e é perceptível a quebra da framerate e/ou screen tearing (dependendo da versão) em algumas situações. Neste departamento, o jogo sofre de uma falta de polimento. No entanto, e pela natureza do seu design, Bitterblack Isle não apresenta muito estes problemas, e acima de tudo, a jogabilidade não sai prejudicada.

O que foi melhorado, foi a componente sonora. As novas músicas assentam muito bem ao ambiente da ilha e às situações de combate. Talvez ainda mais importante que a qualidade das novas músicas, é a inclusão das vozes originais japonesas.

Quem não jogou Dragon’s Dogma o ano passado, tem agora uma excelente oportunidade de jogar um bom action RPG, com muito conteúdo e com um combate divertido, a preço reduzido. Aqueles que jogaram o original, têm muito por onde pegar em Dragon’s Dogma: Dark Arisen. Entre a quest principal e as diversas sidequests, a procura de novo equipamento e a exploração da ilha, poderão retirar cerca de 20 horas de jogo deste novo conteúdo.

 

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Veredito

Nota Final - 8

8

Quem não jogou Dragon's Dogma o ano passado, tem agora uma excelente oportunidade de jogar um bom action RPG, com muito conteúdo e com um combate divertido, a preço reduzido.

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