Bloodborne: The Old Hunters

Versão testada: PlayStation 4

Novos desafios chegam de Yharnam apenas para nos relembrar o quão bom é Bloodborne. The Old Hunters é uma expansão que adiciona novas áreas para explorar, novos inimigos para derrotar, e uma boa quantidade de novas armas e equipamento. Mas é a ambiguidade da história e a vontade de explorar cada canto à procura de segredos que vai meter os fãs do jogo a salivar.

The Old Hunters decorre num mundo auto-contido chamado Hunter’s Nightmare. Este local é onde os caçadores que sucumbiram ao desejo da caçada vão parar. A primeira área é Cathedral Ward, ou melhor, uma versão alternativa de Cathedral Ward, e pelo caminho, iremos encontrar alguns destes caçadores. Mas tenham atenção porque estes inimigos são ágeis, fortes, e representam uma verdadeira ameaça, seja pelo alcance das suas armas ou pela força destrutiva dos seus ataques.

Só nesta pequena área inicial, a expansão mostra que não vai ser fácil chegar ao fim. Aliás, diria que a expansão é mais complicada do que qualquer coisa presente no jogo original. Mas ao mesmo tempo, o ambiente é tão maravilhosamente horripilante, acentuado ainda mais por gritos e gemidos, que quase que sentimos uma vontade inexplicável de continuar e de ver o que nos espera.

Tal como no jogo original, o design dos níveis continua excelente. Research Hall é um edifício com uma escadaria gigante onde está o resto das experiências falhadas, e algumas armadilhas à mistura, enquanto que Fishing Hamlet é uma espécie de porto à bera mar cheio de adversidades aquáticas.

Investigar e explorar sempre compensou nos Souls e em Bloodborne, e em The Old Hunters isto não mudou. Pequenos caminhos opcionais, grutas, e salas escondem alguns das novas armas e equipamento. Mesmo antes de chegarem ao primeiro boss, podem encontrar armas como Boom Hammer, Beast Cutter, Gattling Gun e Amygdalan Arm. E quem jogou os anteriores jogos da From Sotware irá ficar agradavelmente surpreendido com o regresso de uma certa espada.

Ao todo existem cinco bosses nesta expansão, e tal como se poderia esperar, são repugnantes, brutais e muito bem pensados. Quem viu os trailers da expansão The Old Hunters já conhece um dos bosses. Ludwig, um nome familiar para quem está mais atento ao lore de Bloodborne, é um ser completamente deformado e com partes a mais, mostrando que passou por muito a ponto de quase perder a sua identidade. Cada boss é mais desafiante que o anterior, e o último representa o derradeiro desafio. Acreditem, este boss não quer saber quanta energia têm.

Uma importante adição foi feita para todos os jogadores de Bloodborne, especialmente para aqueles que costumam jogar offline. Membros da covenant The League vão ter a possibilidade de invocar a ajuda de NPCs quer se aventurem pelo conteúdo da expansão ou pelo conteúdo presente no jogo original. No entanto, estes NPCs não devem ser sobrevalorizados. O uso principal será chamar a atenção dos bosses e retirar alguma pressão do jogador para um curativo de emergência ou para aproveitar uma aberta e atacar, mas normalmente, estes NPCs não são muito fortes e nem vão chegar vivos ao fim da luta.

Mesmo após 14 horas de exploração, ainda não vi tudo aquilo que a expansão tem para oferecer nem descobri todos os seus segredos, mas é isto que faz com que exista sempre a vontade de jogar muito para além de matar bosses. Se já enveredaram pelo universo opressivo e negro de Bloodborne, então, The Older Hunters é absolutamente essencial. Se nunca tiveram coragem para pegar no jogo, esta é a altura perfeita para explorar as ruas de Yharnam.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.