Análises

Carmageddon: Max Damage

Versão testada: PS4

Tendo jogado o original Carmageddon e a sequela Carpocalypse Now no PC, estava entusiasmado e receoso por experimentar Max Damage. Por um lado, tinha esperança de ver um bom Carmageddon após tanto tempo, mas por outro lado, tinha receio de que isto pudesse ser uma confirmação de que esta série merecia ficar no passado. Na realidade, diria que Max Damage fica no meio termo.

Max Damage é da autoria da Stainless Games, mesma produtora que fez o original Carmageddon, e por isso, a formula acaba por não se desviar muito do esperado, o que provou ser uma escolha simultaneamente prudente e despontante.

Carmageddon: Max Damage_20160413113237Se nunca jogaram um Carmageddon, a premissa é bastante simples. É preciso conduzir de forma o mais descuidada possível numa tentativa de bater os oponentes. As corridas podem ser ganhas de forma habitual, ou seja, passar pelos checkpoints primeiro que os adversários, ou se preferirem, podem literalmente destruir a concorrência. Tecnicamente também é possível ganhar a corrida se matarem todos os pedestres no mapa, mas esta forma não é tão prática ou fácil de atingir.

Ficar com o carro destruído de pouco importa, porque dá para meter o nosso carro na posição certa ou arranjá-lo em caso de danos mais sérios. No entanto, cada evento contém pelo menos um carro que vale a pena roubar (na verdade, a palavra certa é destruir), para assim adicioná-lo à nossa garagem.

De resto, Carmageddon Max Damage é aquilo que sempre foi, ou seja, um jogo de corridas sandbox com algum humor negro e que nunca se leva a sério. Os power-ups espalhados pelo mapa permitem fazer todo o tipo de coisas aos oponentes e aos inocentes pedestres, e oferecem algo de entusiasmante às corridas.

Carmageddon: Max Damage_20160413143747Infelizmente, toda esta parvoíce característica de Carmageddon não consegue disfarçar que Max Damage não é propriamente um marco a nível técnico. Tenha sido feito propositadamente ou não para dar um estilo visual semelhante os primeiros títulos da série, a verdade é que os gráficos de Max Damage estão longe de impressionar alguém e está bastante abaixo dos padrões actuais. A isto ainda há que juntar quebras de frame rate e tempos de loading enormes.

A condução dos carros é algo que não gostei particularmente, porque é simplesmente estranha, mesmo para um Carmageddon. Por vezes é complicado virar o veículo, e de repente, numa tentativa de correção, eis que o carro perde o controlo e fica virado em sentido contrário. Quando os adversários estão perto de nós e isto acontece, a experiência pode tornar-se algo frustrante.

Max Damage não tem a relevância nem a irreverência que em tempos a série teve. Afinal de contas, os originais Carmageddon foram criticados pela violência demonstrada nas corridas. Dito isto, Max Damage não tem como público alvo os jogadores que querem um jogo de corridas mais, digamos, tradicional, mas sim quem quer aparvalhar um bocado e espalhar um pouco caos….e cor (vermelha) nas estradas e passeios. Está longe de ser perfeito, mas independentemente disso, os fãs de Carmageddon vão conseguir tirar alguma diversão de Max Damage.

 

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela editora/distribuidora para efeitos de análise.

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