Análises

Loading Human: Chapter 1 (PS VR)

Versão testada: PlayStation VR

Loading Human é a primeira aventura episódica a chegar ao PlayStation VR, sendo Chapter One a primeira de três partes. O jogo segue a história de Prometheus e da missão a Eagle Nebula para encontrar um elemento chamado Quintessence, algo necessário para conseguir salvar o seu pai. Chapter One é principalmente sobre as suas memórias do seu treino numa base na Antártica, e sobre as interações com o seu pai, a assistente do seu pai, e a IA da base. Existem quatro sequências no passado, assim como duas no sequencias no presente que dão o mote para o próximo episódio.

Portanto, em essência, Chapter One pode ser descrito como uma introdução. Mas aqui, assim como em tudo neste primeiro episódio, existe um resultado misto. O facto de o protagonista ter o mesmo nome que o deus grego que roubou o fogo para dar aos humanos, não é coincidência, porque o jogo faz algumas referências à relação entre poder e responsabilidade. Só é pena que o elenco de personagens não seja assim tão interessante, e como resultado, o jogo falha em tentar criar lanços emocionais com os jogadores. É possível que no segundo episódio isto mude, mas neste primeiro episódio, as personagens funcionam apenas como catalisador para que o jogador progrida entre áreas.

Em termos de jogabilidade, o movimento em Loading Human pode ser bastante frustrante. Existe um tutorial no inicio do jogo, mas a verdade é que isto nunca melhorou com o passar do tempo e nunca chegou a ser natural. Para nos movimentarmos, é necessário usar os comandos Move, apontando-os numa direcção e carregando nos gatilhos. Mas depois, é preciso manter pressionado o botão para andarmos nessa direcção. Para nos agacharmos é preciso apontar o Move para baixo e manter o botão pressionado, enquanto que para nos levantarmos é preciso fazer o oposto.

loading-human-screenshotA progressão na campanha é feita através da resolução de puzzles, sendo na sua maioria simples. Por outras palavras, Loading Human não é propriamente um jogo cheio de acção. E apesar disso, a jogabilidade consegue tornar tudo excessivamente complicado. Até a interacção com objectos e elementos do mundo é problemática. Cada um dos comandos Move representa um dos braços do protagonista, e é necessário fazer movimentos estranhos para pegar em objectos ou clicar em interruptores. Sendo este tipo de coisas a maioria das interacções em Loading Human, escusado será dizer que toda a jogabilidade é, para ser simpático, desapontante.

Os vários ambientes têm um aspecto detalhado, seja a olhar o Oceano Antártico no apartamento ou na descida para base quando somos informados do nosso objectivo. As instruções da missão são dadas através de uma série de hologramas que achei serem visualmente boas. O modelos das personagens embora sejam bons, apresentam animações e expressões faciais um pouco robóticas e pouco naturais.

Loading Human tem uma premissa interessante e é visualmente um bom jogo. No entanto, tropeça graças aos controlos medíocres e às personagens bidimensionais. Com uma duração de 3 ou 4 horas e sem incentivos para repetir a história, o preço de €40 também é um factor a ter em conta. Loading Human tem assim um inicio acidentado, mas existe aqui potencial para algo bom. Esperemos que o estúdio Untold Games consiga capitalizar todo o potencial com os restantes episódios.

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela editora/distribuidora para efeitos de análise.

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