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Nintendo Switch: O Primeiro Contacto

O meu cérebro levou alguns momentos a registar que a Nintendo Switch era aquela coisa pequenina dentro de uma base ligada à TV. Só isto? Como assim? Tirar a Switch da sua base, ficar com aquele “tablet” de menos de 300 gramas na mão e chegar à conclusão que dali é que vão sair os próximos jogos da Nintendo pode levar um bocado.

Escondida na sua base, a Switch camufla-se no cenário (apesar de no showroom da Nintendo estar ligada a um aparelho de segurança), ligada à TV, as estrelas do programa são os comandos. Os Joy-Cons, basicamente um comando dividido em dois, ficam confortavelmente em cada mão permitindo uma liberdade de movimentos e posições muito maior do que o habitual. Tal como a consola, os comandos impressionam pela versatilidade e tecnologia dentro de uma embalagem tão pequena.

Usar um Joy-Con em cada mão é extremamente confortável, o facto de serem pequenos não só não incomodou, como provou ser útil a jogar ARMs com controlos por movimento, permitindo que os jogadores peguem nos comandos de uma forma diferente.

Apesar dos Joy-Con direito e esquerdo funcionarem como um só comando, cada parte pode ser usada como um comando individual, o que significa que muitos jogos poderão ser jogados a dois sem ter que comprar um comando adicional.
Escusado será dizer que não parece a maneira ideal de jogar durante muito tempo porque é um comando muito pequeno, mas nas sessões curtas em que o usei, não senti qualquer desconforto ou obstáculo à utilização. O Joy-Con direito tem o analógico um pouco mais centrado, mas o comando é tão pequeno que é só uma questão de reposicionar o polegar.

Outra novidade da Switch é o HD Rumble, um sistema de vibração mais avançado que permite transmitir sensações bem mais precisas do que os simples motores de vibração habitualmente usados.
O 1-2, Switch! foi a melhor demonstração das capacidades desta tecnologia, pedindo aos jogadores que segurassem no Joy-Con como se fosse uma caixa de madeira com esferas de metal por dentro e adivinhassem quantas são. Ao inclinar a caixa consegue-se praticamente sentir as pequenas bolas a rolar e chocar umas com as outras dentro do comando, cabe-nos a nós contá-las. Uma tecnologia muito impressionante, no mínimo útil por uma questão de imersão, resta saber como e se vai ser implementada em termos de mecânicas.

Ainda podemos encaixar os dois Joy-Con num suporte que dá uma forma mais tradicional ao comando, também ela perfeitamente confortável. Infelizmente, o suporte para Joy-Cons que vem com a consola não tem saída para carregar os comandos, que carregam automaticamente uma vez encaixados na consola.

Mais clássico ainda é o comando Pro, um comando tão tradicional como se pode desejar… mas com giroscópios e HD Rumble. Os sticks analógicos simétricos usados na Wii U foram abandonados em prol de uma colocação assimétrica semelhante à dos comandos X-Box. Uns acharão melhor, outros pior, pessoalmente acho que depende do jogo e este comando Pro parece ridiculamente confortável.
Botões largos e baixos, d-pad grande, acabamento com mais aderência nas pegas do comando e um acabamento transparente no meio, com uma bateria que supostamente dura 40 horas, este comando parece um vencedor.

Deslizando os Joy-Cons nos lados da Switch e tirando a consola da sua base, a discreta consola torna-se num gadget com toque e aspecto de gama alta, mesmo com os comandos coloridos, a Switch não parece um brinquedo barato. Apenas o tempo dirá como as menos de 400 gramas e comandos se vão portar em sessões mais longas, mas pegar na consola para jogar Splatoon 2, Mario Kart 8 Deluxe e Sonic Mania teve o efeito desejado no que toca a ergonomia, conforto e facilidade de utilização: consegui focar-me apenas nos jogos, tudo o resto foi natural.

O ecrã de 720p parece muito bom, com 6.1 polegadas, a resolução chega para uma densidade de pixéis capaz de produzir uma bela imagem, os ângulos de visão são muito grandes, as cores e luminosidade parecem excelentes e apenas uma utilização mais variada dirá se o acabamento do ecrã será suficiente para evitar reflexos, se bem que dentro do showroom da Nintendo não foi um problema.

Se a ideia da consola já entusiasmava, as primeiras impressões dificilmente podiam ser melhores.
Perto do lançamento da consola a 3 de Março, teremos um olhar mais aprofundada sobre o hardware da Nintendo Switch e claro, sobre, os seus jogos.

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