ArtigosOpinião

Antevisão Call of Duty WW2

Não há melhor maneira de resumir a experiência com este bocadinho de jogo a que tive acesso do que dizer: Call of Duty está “quase” de volta!
A Playstation Portugal teve o gosto de nos disponibilizar uma chave para a Beta Multiplayer da versão PS4 e coube-me a mim partilhar com vocês a minha opinião sobre esta bomba que chegará a 3 de Novembro.

Call of Duty WW2 marca o regresso da saga ás suas raízes, pretendendo que uma nova geração de jogadores viva acontecimentos como o famoso desembarque na Normandia e visite locais emblemáticos da guerra mais monumental da História. A Sledgehammer games enfiou na gaveta todo o trabalho realizado em Advanced Warfare e criou do zero um COD á moda antiga.

Com este regresso ás raízes, as mudanças no modo online fazem o jogo regredir na movimentação, design de mapas e todo o modo como se joga Call of Duty. Voltou-se ao que fazia Call of Duty o jogo de excelência no Multiplayer: acção frenética com uma jogabilidade simples e viciante. O design dos mapas é adequado á época em questão, as armas são básicas e com um som bastante mais grave, a movimentação do nosso personagem assenta no desing dos mapas e todo o conjunto de factores externos á jogabilidade encaixa perfeitamente.

O sistema de criação de classes dos jogos anteriores foi substituído pela escolha entre 5 Divisões sendo que cada uma delas tem um treino de combate básico (que substitui os perks), de divisão e de armas específico. A progressão no jogo é feita de forma similar aos jogos Black Ops, com o uso de Tokens para troca por equipamento.
A escolha de divisão resume-se ao acesso a habilidades passivas, por exemplo se escolherem a divisão de Infantaria ganham acesso a uma baioneta para a arma principal. Existem 5 níveis para desbloquear em cada divisão e cada nível dá-vos uma habilidade, sendo que são habilidades acumuláveis. No quinto nível ganham uma arma específica dessa divisão.

O melhor de tudo? Se descontar de imediato uma dúzia de Spawns mal atribuídos pelo jogo nas Horas todas que passei na Beta, fico contente por não ter morrido por uma porcaria qualquer futurística. Certo, há armas que matam quase instantaneamente e de forma ridícula mas na maior parte das vezes morri por culpa própria em confronto directo, ou por mau posicionamento ou por má leitura da situação. Mesmo os Streaks disponíveis não geram uma enorme onda de Kills provocando frustração como nalguns dos jogos anteriores.

A Beta proporcionou, além dos tradicionais modos TDM, Domination e Hardpoint, uma pequena amostra do novo modo de jogo WAR. Este novo modo parece-me ser uma das melhores adições aos modos por objectivos dos últimos anos em toda a série Call of Duty.
O modo WAR é um conjunto de objectivos distintos na mesma partida, com uma mistura de Dirty Bomb e Paladins pelo meio. É um modo mais táctico que requer mais comunicação e acima de tudo trabalho de equipa, enquadrando-se muito bem no mundo de jogo de Call of Duty WW 2. Sem trabalho de equipa torna-se impossível ganhar um jogo neste modo e será interessante ver até onde a Sledgehammer consegue levar o suporte a ele com novos mapas e ideias sem estragar o equilíbrio entre defender e atacar.

A substituição da repetição da última morte do jogo por uma jogada ao estilo “Play of the Game” presente em Overwatch também me agradou imenso. Apesar de continuarem a haver inconsistências de sincronismo nas Kill Cams, parece-me interessante ver uma sequência de Kills de toda a partida e não apenas do final do jogo.

Lembram-se de eu ter dito que Call of Duty está “quase” de volta? Apesar de ter gostado de tudo nesta Beta privada houve pequenas coisas que por vezes me fizeram torcer o nariz.
Para começar, apesar dos efeitos sonoros do jogo serem mais fortes e porreiros de se ouvirem, o som dos passos está um pouco baixo e somos abordados muitas vezes por inimigos na mesma sala que nós e quase encostados a nós sem emitirem nenhum som.
Alguns pequenos problemas no registo de impacto, que carecem de mudanças ao nível do servidor, provocam por vezes termos de dar mais tiros nos adversários que o necessário.
O modo de criação de classes está demasiado simples e por outro lado impossibilita o acesso a determinadas habilidades consoante a Divisão (tipo de soldado) que escolhermos. Isto por um lado é bom, pois é mais fácil fazer balanço do jogo mas por outro reduz imenso a abordagem nos confrontos ao limitar os jogadores a poucos estilos de jogo.

Graficamente o jogo é bastante bonito, carregado de pormenores mas precisava de mais detalhe nas texturas das paredes. A minha experiência com a Beta foi passada com uma Ps4 Pro ligada a uma TV Oled 4K de 55’’ e apesar do aumento da resolução para uma imagem limpa e bastante nítida notam-se os sacrifícios feitos para a manutenção dos 60 frames constantes. O modo Hdr não adicionou a qualidade de imagem a que estava habituado noutros jogos e também preferi manter desativado para a inevitável redução do input lag. De resto, o jogo também precisa de um balanço na atribuição de pontos em Domination e alguns melhoramentos nos streaks e habilidades das divisões (aquelas Shotgun Shells incendiárias…errrrrr).

A Sledgehammer está no bom caminho para trazer o bom e velho COD de volta ás suas origens e, após limar os problemas presentes na Beta (que é para isso que as Betas servem), estaremos na iminência de ter o melhor Call of Duty dos últimos anos?
Uma pergunta que será respondida já em Novembro!

Nota editorial:
Foi-nos fornecida uma chave de acesso pelo editor/distribuidor
Jogo testado numa PS4 Pro ligada a:
– Lg Oled55C6V (teste com e sem Hdr)
– Monitor Asus IPS vx229

Botão Voltar ao Topo