Análises

Dishonored: Death of the Outsider

Versão testada: Playstation 4 PRO

Assumindo o controlo de Billie Lurk, a antagonista principal do DLC Duology do primeiro jogo e também cúmplice principal em Dishonored 2, iniciamos esta nova aventura com a procura pelo seu mentor Daud. Esta curta fase inicial serve de tutorial e ao mesmo tempo de introdução aos jogadores novos no mundo de Dishonored.
Após o reencontro com o seu antigo mentor, os dois desenvolvem um plano para matar o principal responsável “pelas doenças sobrenaturais” do seu planeta: o Outsider.

Billie não tem ao seu dispor o enorme arsenal de superpoderes como os protagonistas dos outros jogos da série, no entanto temos mais qualidade em vez de quantidade. Por exemplo, ela tem acesso ao “blink”, tal como Corvo ou Emily, mas não numa forma de deslocação imediata. Temos de posicionar um marcador num local que seja visível e de alcance limitado permitindo, no entanto, uma abordagem mais furtiva e com possibilidade de criar distrações e pontos de entrada precisos.
Os outros dois poderes principais permitem a Billie roubar identidades, para que se possa deslocar por algum tempo assumindo a aparência de um NPC, e também uma supervisão, que faz parar o tempo e controlar a camera livremente, dentro de um raio de ação, marcando inimigos ou objetos de interesse.
Dentro destas ajudas há ainda o grupo de amuletos de ossos para colecionar e equipar. No fundo são como ajudas passivas, que trazem vantagens ou desvantagens consoante a maneira de jogar, sendo a mais interessante: falar com os ratos. Falar com os ratos permite a Billie recolher novos dados sobre a área de jogo, dicas de acessos escondidos e outras pequenas informações.
Aliado a todos estes poderes há ainda o armamento tradicional: setas mortais, eletrizantes, bombas e armadilhas.

O modo como abordam as situações só depende de vós mesmos, o jogo oferece uma liberdade enorme nos seus 5 actos principais. Não há sistema de punição para as nossas ações no jogo, se querem ser predadores ou jogadores furtivos o jogo não vos altera nada no enredo e desta vez o poder da magia regenera-se automaticamente. Para além das missões principais há ainda os contratos, fator que prolonga de imediato a longevidade desta aventura. Estes contratos, ou missões secundárias, não são executados de modo directo. Temos de recolher pistas e seguir uma determinada ordem para conseguirmos o valor total da sua recompensa. Há alguns que achei terem uma dificuldade superior que as missões principais, como por exemplo resgatar alguém de um edifício completamente cheio de inimigos. Talvez a minha abordagem não fosse a melhor, mas mais uma vez, cada um decide como o fazer e isso é um ponto bastante positivo.

Apesar de tudo de bom que o jogo oferece nos seus momentos iniciais, acaba também por nos limitar mais perto da sua conclusão. É certo que toda a história teria de ter uma conclusão focada no The Outsider mas a Arkane podia ter feito algo mais, mesmo as missões secundárias que não estão presente na fase final do jogo vão perdendo a sua qualidade ao longo do tempo.
A IA também me brindou com alguns momentos estranhos, por diversas vezes a minha “noobice” fez com que deixasse alguns corpos no meio da rua…que foram ignorados por outros NPC´s . Noutros locais o mínimo som fez despoletar a vinda de guardas de quase toda a área de jogo e, apesar de terem sido momentos singulares, deixou-me algo apreensivo e a fazer-me perceber que há certas ações que não estão previstas no código do jogo e estragam as rotinas da IA.

Graficamente o jogo é bastante belo, com um level design bastante bom mas ainda assim, a jogar numa TV 4K na versão PS4 PRO, nota-se algum Aliasing e uma fraca capacidade de renderização ao longe. O motor de jogo não aproveita por completo as capacidades da PS4 Pro, no entanto continua a proporcionar uma experiência visual agradável.

Apesar de ser um jogo relativamente curto, as missões secundárias cativam o jogador a explorar mais e as pequenas informações que vamos recolhendo deliciam os amantes do Lore e aqueles que querem saber sempre mais do que aquilo que está presente á primeira vista.
A decisão de tornar o jogo uma versão Standalone é o chamariz perfeito para agarrar novos jogadores na série Dishonored e penso ter sido uma aposta ganha, recomendo portanto este jogo a todos os jogadores.

 

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela editora/distribuidora para efeitos de análise.

Nota Final - 9

9

User Rating: Be the first one !
Botão Voltar ao Topo