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Lisboa Games Week 2017

Três intrépides membros da equipa ZWAME Jogos foram ao Lisboa Games Week 2017. O que é que eles acharam?

Kenshi

A nível de organização, esta quarta edição do Lisboa Games Week foi muito forte no que toca à utilização do espaço, nomeadamente dos espaços das marcas, bancadas de venda de merchandising, locais de eventos e lojas de comida. Sobretudo devido a uma excelente disposição das mesmas, não existiu a sensação de claustrofobia ao andar pelos pavilhões; caminhar pelo espaço foi muito mais fácil, sendo possível ver as coisas com atenção sem sermos pressionados e/ou empurrados. Um grande, grande ponto para a organização, que tornou o recinto num espaço muito agradável e fácil de percorrer.

A nível de títulos, tenho de mencionar que experimentar Dragon Ball FighterZ em primeira mão e lutar com os mais diversos bonecos do mundo Dragon Ball num jogo visualmente bonito e extremamente fluido e orgânico, onde se nota o regresso às raízes dos jogos de luta, foi de uma gratificação extrema. Posso dizer que, enquanto jogava estava com aquele sorriso e sensação de “estar em pulgas”, consegui desfrutar mais do jogo..

Além de FighterZ, outro grande pico da experiência para mim foi jogar, também em primeiríssima mão, o próximo jogo da Quantic Dream, Detroit: Become Human. Além de graficamente soberbo e detalhado, a demonstração disponível chega para nos dizer que vem aí mais uma experiência única, prevendo-se que seja praticamente uma obra de arte. Um jogo que seguramente promete ser emocional e, mais uma vez, quebrar barreiras entre o videojogo e o filme.

Em suma, é caso para dizer que o maior evento de videojogos em Portugal regressou em grande. Venha o próximo!

Bruno Santos 

Mais um Lisboa Games Week com tudo aquilo a que os jogadores têm direito: desde muitas consolas das mais conceituadas marcas até aos snacks Japoneses, passando por Cosplay e toneladas de merchandising.  A edição deste ano teve um espaço maior, o pavilhão 3 e 4 da FIL, oferecendo muito mais liberdade de movimentos para os participantes.

A presença da Xbox foi muito agradável; apesar de não estar lá um representante da marca, o interesse pela Microsoft neste tipo de eventos em Portugal é um ponto bastante positivo.
A PlayStation teve ao seu dispor cerca de metade do pavilhão 3, trazendo consigo uma variedade de títulos. Podia-se jogar Call of Duty: WWII em LAN num stand fechado, ou tentar fazer o melhor tempo no GT Sport para ir à final da Liga PlayStation Ibérica (realizada em Espanha) tentar ganhar um Nissan Juke versão Gran Turismo.

Num “mini cinema”, podiam-se ver várias apresentações dos próximos títulos Playstation e, num espaço dedicado ao VR, havia vários títulos para experimentar com a versão mais recente dos óculos de realidade virtual da marca. No palco, um entertainer animava e lançava algumas questões (com direito a brinde) ao público, enquanto amigos (ou não) podiam experimentar os novos jogos PlayLink em grupo.

Tive a oportunidade de experimentar o Dragon Ball FighterZ com outro membro da equipa Zwame Jogos;divertimo-nos e ficámos estupefactos com as animações, fluidez e sistema de combate em 2.5D. Detroit, um dos grandes títulos da PlayStation 4 para 2018, onde temos de tomar várias decisões importantes no decorrer do enredo, apresentava um som soberbo e gráficos “reais”.

Na Xbox One X, joguei Shadow of Mordor; gostei bastante de como o jogo corre na nova consola e, apesar de não ser dos meus jogos mais acarinhados, foi uma experiência bem positiva.

Passando aos snacks, provei os Dorayakis- agora percebo por que é que o Doraemon gosta tanto destes deliciosos bolinhos- e experimentei os cachorros quentes japoneses, que também superaram a expectativa. Nas bancas de merchandising, existia um mundo de t-shirts, figuras, porta-chaves; tudo e mais alguma coisa que os verdadeiros apaixonados de videojogos e cultura japonesa apreciam.

Espero estar presente para o ano que vem neste grande evento da cultura gamer em Portugal.

João Lopes

A primeira coisa que me veio à cabeça quando entrei no recinto do Lisboa Games Week 2017 foi o quão impensável seria ter um evento destes em Portugal até há poucos anos.
Quando eu era criança, para partilhar uma paixão por videojogos (e anime, já que estas duas coisas parecem andar sempre de mão dada nas convenções), era preciso ter sorte nos amigos que calhavam na rifa, ou então endoutriná-los. Falar de Dragon Ball e Pokémon na escola não conta, porque, como todos sabemos, ambos são maiores do que a vida e transcendem géneros.

Claro que as redes sociais vieram mudar isso tudo; já não é preciso ler as secções de correspondência de revistas da especialidade para perceber que havia espíritos irmãos que sofriam pelo lançamento do próximo grande jogo e do novo episódio daquele anime que nos deixou à beira da cadeira na semana anterior. Com o mundo mais pequeno graças à Internet, abriu-se o caminho para eventos como este, uma celebração sem cinismo dos hobbies que nos despertam tanta paixão.

Com mais uns anos em cima e depois de visitar algumas feiras e convenções, talvez não sinta a euforia que vi nos olhos de muita gente, mas foi impossível não ser contagiado pelo entusiasmo que andava à solta nos pavilhões da FIL. Cosplayers com trajes simples ou estonteantemente elaborados, pais a mostrar jogos aos filhos e vice-versa, casais, lobos solitários, grupos e groupies; o Lisboa Games Week foi uma festa para todos.

A organização está de parabéns; apesar da multidão, com o espaço dos dois pavilhões bem gerido, houve à-vontade para andar confortavelmente, jogar (e estar nas filas para esse efeito), comprar ou só ver. Com tanta coisa para ver e fazer, o preço dos bilhetes rendia com facilidade: workshops, palestras, torneios, bancas com merchandising, jogos, material informático, comes e bebes, e, claro, muitos, muitos jogos.

Expectavelmente, a Sony tinha o maior espaço, com jogos para todos os gostos. Vários títulos da PlayStation VR – como GT Sport ou Superhot VR – estavam disponíveis, e, ao lado de títulos já lançados como Crash Bandicoot N. Sane Trilogy e o DLC Horizon Zero Dawn: The Frozen Wilds, estavam jogos por sair como o embasbacante Dragon Ball FighterZ, Detroid: Become Human ou o remake de Shadow of the Colossus. Atrás dos icónicos símbolos da PlayStation, saltavam à vista os pequenos cubículos onde grupos podiam experimentar o Megapack PlayLink, o party game da PS4 que usa telemóveis ou tablets como comandos. Não tive oportunidade de experimentar nenhum dos jogos deste pacote, mas os risos e gritos vindos do espaço diziam tudo.

Mais surpreendente foi o espaço da Nintendo, o maior que a empresa alguma vez teve num evento em Portugal. À entrada do pavilhão 4, os visitantes eram saudados pela muito fotografada Master Sword de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, que se revelou resistente a todas as tentativas de ser retirada do seu pedestal, continuando à espera do seu legítimo mestre.
Para jogar estavam os suspeitos do costume: Zelda, Mario Odyssey, Splatoon 2, Mario Kart 8 Deluxe, ARMS, 1-2-Switch e a SNES Mini. Os espaços preparados para multiplayer pareceram um enorme sucesso, uma vez que era difícil arranjar consolas vazias, e os vários torneios e apresentações deram razões aos visitantes para voltar várias vezes ao espaço da Nintendo.
Numa volta de 180º face aos tempos da Wii U, também havia várias Nintendo Switch nos espaços de outras empresas como a Ubisoft e 2K Games, um sinal do sucesso da consola.

A Xbox não teve o seu próprio espaço, mas estava presente nos stands de outras marcas. A novíssima Xbox One X mostrou o seu impressionante poderio gráfico com vários jogos, incluindo Middle-Earth: Shadow of War, mostrado numa zona exclusiva da Warner Bros.

O Indie Dome, como o nome indica, era um espaço dedicado a estúdios independentes, com 50 videojogos vindos de todo o mundo, incluindo o nosso cantinho à beira-mar.
Guardians of Arcadia (Fabula Epica), Strikers Edge (Fun Punch Games), Massive Galaxy (Massive Galaxy Studios) e Super Nanny Sleepytime Ultra HD Alpha Omega (Team Nanny) foram alguns dos jogos que representaram excelentemente o nosso país. Já os Nerd Monkeys, criadores do Inspector Zé e Robot Palhaço em: o Assassino do Intercidades, estiveram presentes na deliciosa forma de waffles com o melhor topping de sempre: um jogo grátis.

Deu gosto ver filas a formarem-se para estes jogos “pequenos” que tão bem têm feito à indústria, assim como reparar nos olhos a brilhar de quem os está a trazer à vida.
Também estiveram presentes nomes de fora como Brjánn Sigurgeirsson (Image & Form) e Klaus Lyngeled (Zoink Games), responsáveis por SteamWorld Dig 2 e Stick it to the Man!, respectivamente.

Claro que também havia muitos sprites na zona retro, onde se podia experimentar uma data de clássicos para quase qualquer consola que se possa pensar, assim como máquinas arcade e de pinball. Uma boa oportunidade para conhecer a história dos videojogos ou para os mais crescidos matarem saudades dos tempos em que não era preciso usar um K para descrever o número de pixéis no ecrã.

Só me posso queixar das lojas que fecharam antes da hora de encerramento no último dia da feira, mas compreende-se que os lojistas estivessem exaustos depois de tantos dias. Fora isso, só tenho coisas boas a dizer acerca desta edição do Lisboa Games Week, que me deixou com muita vontade de voltar para o ano.

 

A ZWAME Jogos agradece à organização do Lisboa Games Week por disponibilizar entradas para o evento.

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