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Antevisão a Xenoblade Chronicles: Definitive Edition

Lançado originalmente em 2010 para a Wii, Xenoblade Chronicles vai chegar em breve na sua edição definitiva à Nintendo Switch. Como o nome deixa antever, esta versão conta com gráficos melhorados, musica remasterizada, jogabilidade aprimorada e novo conteúdo. Após 32 horas de jogo, seguem-se as minhas impressões iniciais ao título da Monolith.

De forma muito resumida, nós começamos por seguir as pisadas de Shulk e Reyn, dois amigos de longa data, que embarcam numa jornada pelo mundo em busca de vingança, após a Colony 9 ter sido atacada por um grupo de Mechon. Eventualmente, a premissa base de vingança espande-se para algo muito maior e acabamos também por ter a tarefa de descobrir a verdade por detrás dos eventos que estão a ocorrer e também das origens da poderosa espada Monado. Pelo caminho, Shulk e Reyn vão encontrar novas personagens que se juntarão a eles na jornada.

A narrativa deste jogo é muito interessante, porque foge ao habitual objectivo de salvar o mundo. Como disse anteriormente, a premissa inicial dos protagonistas é a busca por vingança. É isto que leva Shulk e Reyn numa viajem por Bionis. Existe muita palha no que toca ao conteúdo secundário opcional, mas no que toca aos eventos principais de história, pelo menos até ao ponto onde estou neste momento, tudo se tem desenvolvido a um ritmo consistente sem engonhar muito. Isto ajuda a que, mesmo após 32 horas de jogo, continue interessado em prosseguir nesta longa aventura para ver o que se seguirá.

O mundo de Xenoblade Chronicles é muito criativo. Dois Deuses antigos presos em pose de combate como estátuas, mas que servem como planetas para as formas de vida que neles habitam. Mechonis é a casa de seres robóticos, chamados Mechon, e Bionis é a casa de seres biológicos como os humanos (Homs). Devido a esta estrutura, o design de Bionis é consideravelmente diferente e único quando comparado com outros jogos do género, porque oferece áreas com uma enorme escala, de diferentes estilos e com ângulos de elevação variados, e com uma grande verticalidade. O jogo não nos obriga a explorar todos os cantos, mas a construção destes cenários incentiva a que isso seja feito.

O tamanho do mundo é preenchido com uma boa variedade de monstros. Mas é preciso ter cuidado, porque nestas áreas também deambulam monstros muito acima do nosso nível. Podemos estar a nível 20 e dar de caras com um monstro de nível 90, por isso, é preciso ter cuidado com a informação que o jogo nos dá. Dentro dos combates controlamos apenas uma personagem de cada vez, não dando para alterar em tempo real. Obviamente, cada personagem tem o seu próprio estilo e é eficaz em diferentes situações. A personagem que controlamos faz ataques normais de forma automática, e nos podemos escolher que ataques especiais utilizar. Estes ataques, chamados Ether Arts, têm um cooldown associado, que varia conforme o nível desse ataque.

Para além disso, podemos movimentar a nossa personagem no combate, permitindo evitar alguns ataques direccionais dos inimigos, mas também atacar os inimigos por detrás ou pelos lados. Ao fazer isto, podemos utilizar alguns Ether Arts que activam debuffs nos inimigos. Com uma equipa bem preparada e com a utilização correcta das habilidades, os combates que à partida parecem complicados, tornam-se mais acessíveis. Também existem outras mecânicas a ter em conta, algumas novidades desta versão, mas isso fica para outra altura. Comparativamente a Xenoblade Chronicles 2, diria que o combate de Xenoblade Chronicles: Definitive Edition é mais equilibrado, porque oferece uma boa profundidade, mas sem complicar excessivamente as coisas. E sempre que tiverem dúvidas, o jogo oferece Tutoriais acessíveis em qualquer altura que oferecem uma explicação dos vários sistemas.

Mas um dos pretextos para esta versão definitiva está associado à parte técnica. O jogo original na Wii já tinha uma enorme escala, mas a limitação do hardware era evidente. A Switch permitiu que a escala presente no jogo original ganhasse agora uma nova dimensão. Parece-me que a Monolith aprendeu algumas lições com o Xenoblade Chronicles 2, porque os gráficos do Xenoblade Chronicles: Definitive Edition são em alguns aspectos melhores, como é o caso do draw distance. As personagens também beneficiaram enormemente da maior capacidade da consola, e em alguns casos, a melhoria entre a versão original Wii e esta versão Switch é gigantesca. Melia é um bom exemplo disso.

Para além disto, existem outras adições e melhorias, como ajustes à UI das batalhas, novo conteúdo, e a adição de um novo capítulo chamado Future Connected. E não esquecer um melhor indicador de objectivos que, em vez de uma seta na zona superior do ecrã, passou a ser uma linha no mapa a indicar o próximo local da história. Ficou muita coisa por falar, tanto de positivo como de negativo, mas falarei em melhor detalhe na análise que será publicada no final deste mês. Digo, no entanto, que a minha experiência de jogo nestas 32 horas tem sido muito positiva. Marquem nos calendários: Xenoblade Chronicles: Definitive Edition será lançado para a Nintendo Switch no próximo dia 29 de Maio.

Nota editorial: Cópia do jogo fornecida pela Nintendo.

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