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Os melhores jogos da geração

Estamos à beira do início de uma nova geração de consolas. Tanto a PlayStation 5 como a Xbox Series X têm os seus pontos fortes, mas o mais importante acaba por ser o facto de serem dois pedaços de hardware potentes, bem equilibrados e com várias melhorias a nível de utilização que lhes permitirá oferecer uma melhor e mais fluida experiência aos utilizadores.

E como forma de fechar a página de um capítulo que começou em 2013, os elementos da equipa da ZWAME Jogos decidiram escolher o seu Top 5 de jogos da geração.

Ricardo Silvestre (Daimon)

Uma geração de consolas oferece sempre grandes experiências, e sete anos depois, é muito díficil reduzir tantos grandes jogos a apenas cinco. Inevitavelmente, alguns jogos marcantes ficaram de fora do meu top 5, mas os que ficaram, são jogos inesqueciveis. Curiosamente, todos os jogos presentes neste meu top 5 são jogos em que fiz múltiplas playthroughs.

Bloodborne (PS4)

A série Souls evoluiu muito ao longo dos anos, e o que começou com o Demon’s Souls como sendo de nicho, tornou-se popular com Dark Souls a ponto da série vender 27 milhões de unidades, e bom o suficiente para ter arrecadado alguns prémios de GOTY com Sekiro: Shadow Die Twice. Mas Bloodborne é especial, mesmo muito especial. Na minha opinião, é o melhor dos jogos da FromSoftware.

Bloodborne é especial porque utilizou brilhantemente os trabalhos de H.P. Lovecraft como inspiração para criar um jogo imersivo, intenso, extremamente rico em lore e cheio de segredos, tudo unido com uma fantástica banda sonora. A própria jogabilidade adaptou-se a um estilo mais agressivo, afastando-se assim de um estilo mais pausado de tartaruga visto nos Souls. Pecou apenas por alguns problemas técnicos, como o framepacing ou tempos de loading, mas de resto, é uma verdadeira obra prima e o meu jogo da geração.

The Last of Us Part II (PS4)

The Last of Us Part II é um jogo controverso, especificamente porque atraiu snowflakes por essa internet fora que não aceitam a existência de minorias. Isto, associado com um leak e muitas falsas teorias, entornou o caldo de tal forma que elementos da equipa de produção e actores foram ameaçados de morte.

Mas controvérsia à parte, The Last of Us Part II é um jogo ambicioso que, embora sirva de continuação à história do primeiro jogo, apresenta temas diferentes. E é ambicioso também porque faz o que poucos jogos tendem a fazer, que é mostrar o outro lado dos eventos, de forma a que o jogador pondere se o que fez no jogo anterior e o que faz no novo jogo é o mais acertado. The Last of Us Part II é uma montanha russa de emoções do início ao fim, além de ser a nível técnico um dos melhores jogos da geração.

Final Fantasy VII Remake (PS4)

A série Final Fantasy passou por um período algo atribulado a partir do Final Fantasy XIII. Essa trilogia não foi particularmente bem recebida, Final Fantasy XIV foi um fiasco no lançamento e Final Fantasy XV demorou imenso tempo para ser lançado. Final Fantasy VII Remake foi o regresso à boa forma, pois não só trouxeram de volta algumas das personagens mais populares da franquia, como também modernizaram os elementos certos, e corrigiram os problemas que tinham sido vistos em Final Fantasy XV.

Final Fantasy VII Remake não é um remake à escala do original. É verdade que conta em termos gerais a mesma história que vimos na secção de Midgar no original, mas foram adicionados alguns novos elementos e foram expandidos zonas que no jogo original tinham sido feito à pressa. Isto permite que as personagens tenham mais interacção entre si e que a exposição seja substancialmente maior. Final Fantasy VII Remake não é perfeito, mas no geral, é um bom reimaginar da história de um dos melhores RPG’s de sempre, que é suportado por um sistema de combate rápido de acção mais fluido e mas táctico que o do Final Fantasy XV, que também utiliza o clássico sistema de matéria. E a banda sonora é também muito boa.

God of War (PS4)

Dad of War, Boi of War ou Dad of Boi, também conhecido como God of War foi uma aposta arriscada. God of War: Ascension mostrou que a série estava em declínio, e se havia a possibilidade de Kratos regressar à ribalta, isso só seria conseguido com mais do que uma simples lavangem de cara.

God of War é o início de uma nova trilogia, em que seguimos as pisadas de Kratos num novo reino, há medida que ele se tenta aproximar do seu filho, Atreus. Os dois embarcam numa difícil e emocionante jornada. Kratos tem de controlar a sua fúria e, ao mesmo tempo, tem de ensinar Atreus a comportar-se como um deus e a tirar partido dos seus poderes. A história e a carga emocional presente ao longo de toda a aventura é de longe maior do que a vista nos jogos anteriores da série. Além disso, God of War adoptou uma nova jogabilidade, mantendo o estilo hack and slash, mas agora com a câmara na terceira pessoa. No geral, é um dos melhores títulos da geração e uma lufada de ar fresco incutida na série.

Persona 5 Royal (PS4)

Persona 5, lançado em 2017, é um fantástico JRPG. Bem, verdade seja dita, Persona 3 e Persona 4 também o eram, mas Persona 5 elevou a série a outros patamares. E este ano, foi lançado Persona 5 Royal, uma versão expandida de Persona 5, que adicionou novas cenas, minijogos e outro conteúdo há narrativa original, mas também trouxe um novo semestre e uma nova personagem jogável.

Persona 5 já era um jogo longo, mas Persona 5 Royal tornou o negócio ainda melhor, já que adicionou mais algumas dezenas de horas de jogo. Seguimos a pisada de um grupo de estudantes, que descobre a existência do Metaverse, uma outra realidade que tem ligações com as emoções humanas. O grupo rapidamente se apercebe que pode utilizar os seus poderes para melhorar a sociedade e punir quem se aproveita dos outros. À primeira vista pode parecer uma história tipicamente anime, e até é em determinados momentos, mas é também uma história que serve de crítica à sociedade actual e que toca em alguns temas sérios como o assédio sexual, extorsão, corrupção e suicídio. Existe aqui um com bom casamento entre ficção e realidade, o que juntamente com um aspecto gráfico estilizado e over the top, e uma jogabilidade profunda, faz com que Persona 5 Royal seja um dos melhores JRPG da geração.

Jack-O-Lantern

Consolidar uma lista dos melhores jogos desta geração será sempre um desafio ingrato por colocar uma barreira quantitativa àqueles que consideramos serem os títulos com melhor qualidade, deixando assim de fora outros tantos que mereceriam igual destaque.

De qualquer modo, não deixando esta de ser uma apreciação subjectiva, destaco a minha lista pessoal dos 5 jogos que marcaram esta geração:

The Last of Us Part II (PS4)

A sequela de Last of Us foi a concretização pela equipa da Naughty Dog, do expoente máximo técnico que é possível alcançar, com talento e mestria, para concretizar um título que nas suas várias vertentes de jogabilidade, apresentação, duração e história é meritória de muitos elogios. Não deixando de ter uma história que pode ser eventualmente considerada surpreendente, até por referência à história original de sobrevivência de Ellie e Joel, o jogo The Last of Us Part II consegue sair fora dos parâmetros do que seria expectável e surpreender em todas as áreas.

Ori and The Will of Wisps (Xbox One, PC)

Depois do sucesso de Ori and The Blind Forest, a sequela Ori and The Will of Wisps veio consolidar a Moon Studios como uma equipa de enorme talento, ao lançar um jogo de plataformas com uma história cativante, uma jogabilidade extremamente sólida e balanceada e a a melhorar todos os aspectos do primeiro título. Ori and The Will of Wisps é uma referência do que deve ser um jogo de plataformas, pela sua qualidade e apresentação e sem dúvida que merece estar entre os melhores títulos desta geração

Inside (PS4, Xbox One, PC)

Qual a PlayDead lançou Limbo, um jogo tão misterioso quanto cativante, fiquei sempre bastante expectante do que seria o trabalho seguinte desta equipa. Com Inside, fiquei completamente siderado pela sua qualidade, seja pela misteriosa e estranha história qu evamso desvendado, seja pela jogabilidade, que acaba por ser perfeita e sem qualquer falha que lhe possa apontar. Inside é uma das pérolas que destaco no alinhamento dos melhores jogos da geração, pois considero-o uma referência essencial no mundo dos videjogos.

Horizon Zero Dawn (PS4)

Um open world RPG, onde uma heroína de cabelos ruivos luta contra imponentes dinossauros robóticos? Só este argumento fazer-me-ia logo querer descobrir o que seria possível concretizar e felizmente, Horizon Zero Dawn aconteceu. E foi tão bom que perdurou até hoje a qualidade de jogabilidade, história e apresentação que a Guerrilla Games nos presenteou com este título. Completamente obrigatório na minha lista de preferências.

Uncharted 4: A Thief´s End (PS4)

Não me é difícil perceber porque é que coloco dois títulos da Naughty Dog numa lista tão reduzida. Uncharted 4 é o culminar de uma franchise icónica e de sucesso inquestionável, com as aventuras de Nathan Drake e seus amigos. Em Uncharted 4, a aventura dos nossos heróis ganham uma dimensão ainda maior e épica e consegue-se assim comprovar que, mesmo no quarto lançamento de um título da série, consegue-se inovar e criar elementos de interesse novos e originais que cativam os jogadores. É um título de referência imprescindível na minha colecção de videojogos, enquanto grande apreciador deste hobbie.

ShadowPeter

É sempre complicado reduzir os jogos que se joguei durante uma geração apenas a uma mão cheia, além de que o gosto é subjectivo. Sei que a lista é estranha, mas foi o que eu escolhi.

Gran Turismo Sport (PS4)

Joguei horas, horas e horas neste Gran Turismo Sport. E o que me levou a colocar o Gran Turismo Sport neste top 5 foi o excelente grafismo, a customização nos veículos, a jogabilidade à lá Gran Turismo e sobretudo a enorme quantidade de conteúdo gratuito que foi oferecido. Peca apenas pela quantidade de vezes que a Polyphony Digital teve que mexer e remexer nas penalizações.

Dragon Ball FighterZ (PC,PS4, Xbox One, Switch)

Sem dúvida, um dos melhores jogos de luta desta geração e se calhar um dos melhores trabalhos da Arc System Works até à data. Com combates 3 vs 3 e jogabilidade super suave, interessante e intensa, juntamente com um grafismo apelativo, tornam este jogo numa só palavra: fantástico!

Crash Bandicoot 4: It’s About Time (PS4, Xbox One)

A Toys for Bob soube criar um jogo de plataformas de grande qualidade tal como os antigos jogos da Naughty Dog. O fato de ser muito desafiante e a jogabilidade ser super fluída, tornam este jogo numa autêntica maravilha.

Yakuza Kiwami 2 (PC, PS4, Xbox One)

Mais um excelente trabalho da Yakuza Studio que sabe desenvolver uma história empolgante, uma jogabilidade interessante e um grafismo de arregalar os olhos. Sim, utiliza a mesma jogabilidade e o mesmo motor do Yakuza 6, mas este Yakuza Kiwami 2 só tornou-se ainda melhor em comparação com o Yakuza graças alguns pequenos detalhes adicionais.

Fist of the North Star: Lost Paradise (PS4)

Ok, admito que não foi nada fácil escolher entre este e o Yakuza Kiwami 2 para o meu jogo favorito, mas acabei por escolher este Lost Paradise, porque adorei o fato de terem colocado o “mundo Yakuza” no mundo do Fist of the North Star. E há uma coisa que o Yakuza Kiwami 2 perde para este Fist of the North Star: Lost Paradise: são os 60 FPS. Este jogo é simplesmente divinal!

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