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Alguns colaboradores que trabalharam em Metroid Dread ficaram de fora dos créditos

Metroid Dread tem sido aclamado pela crítica especializada e já é um sucesso comercial, tendo registado o melhor lançamento de sempre da série em formato físico no Reino Unido e Japão. É seguro dizer que ultrapassou todas as expectativas, tendo em conta os anos em que esta franquia esteve a hibernar.

Contudo, o estúdio MercurySteam, que esteve encarregue de desenvolver este título, tem sido alvo de criticas, porque alguns colaboradores que trabalharam no jogo durante vários meses não tiveram direito a ver o seu nome nos créditos do jogo.

Reportado através do site espanhol Vandal, vários antigos colaboradores do estúdio MercurySteam foram à internet perguntar a razão dos seus nomes terem sido omitidos dos créditos. É o caso do artista 3D Roberto Mejías, que escreveu no Linkdin o seguinte:

Gostaria de dar os meus parabéns sinceros à equipa de Metroid Dread por lançar um jogo tão excelente. Não estou surpreendido com a qualidade do jogo, porque a quantidade de talento daquela equipa era alta. Eu sei isto em primeira mão, porque, apesar de não ter sido incluído nos créditos do jogo, fiz parte daquela equipa por oito meses.

Enquanto jogava, reconheci alguns assets e ambientes em que trabalhei, portanto, o meu trabalho está lá. Então, gostaria de perguntar à MercurySteam: Por que não apareço nos créditos do jogo? É algum tipo de engano?

Tania Peñaranda, animadora cinematográfica 3D, também escreveu no Linkdin uma mensagem semelhante:

Estou muito feliz e orgulhosa por finalmente ver o meu trabalho no projecto, um trabalho que fiz com muito amor e entusiasmo” Também estou muito orgulhosa de toda a equipa!

Mas também me entristece ver que não estou reflectida nos créditos pelo trabalho que fiz. Tem sido difícil para mim ver que eles consideraram que deveria ser assim, visto que continuo a ver muitas animações que fiz em toda a jogabilidade.

Um terceiro antigo colaborador do estúdio disse, de forma anónima ao site Vandal, que também não fazia parte dos créditos de Metroid Dread, mesmo tendo trabalhado no projecto durante 11 meses. “Não dar créditos à equipa que coloca todo o amor e esforço no projecto é uma prática muito feia”, acrescentou este antigo colaborador.

Em comunicado dado ao site Vandal, um responsável da MercurySteam explicou que a política oficial da companhia requer que um colaborador tenha trabalhado no projecto durante pelo menos 25% do tempo de desenvolvimento de forma a que o seu nome apareça nos créditos.

Infelizmente, esta não é uma situação única e muito menos recente. Tal como explicado pelo site VGC, ao contrário das indústrias da televisão e cinema fortemente sindicalizadas, não existe verdadeira regulação no que toca a dar créditos pelo seu trabalho na indústria dos videojogos. Apenas existem directrizes escritas pela International Game Developers Association, cuja aplicação não é obrigatória.

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Ricardo Silvestre

É o editor da ZWAME Jogos e faz um pouco de tudo no site. Gosta em particular de jogos de corrida, jogos de luta e RPG's, mas também não diz que não a um bom jogo com loot.
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