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Nintendo Switch OLED: Um Olhar de Perto

A convite da Nintendo fui experimentar a nova Switch OLED e ver com os meus próprios olhos se a diferença é assim tão grande.

A grande novidade da Switch OLED face aos modelos anteriores é, como o nome indica, o ecrã OLED. A diferença que este faz é imediatamente óbvia assim que se liga a consola, em parte também porque o bezel é mais pequeno e o tamanho da tela é ligeiramente maior (7 polegadas em vez de 6). Apesar da resolução do ecrã se manter a 720p, não é preciso ter olhos de águia para notar as melhorias face aos ecrãs dos outros modelos, a imagem é mais brilhante e as cores são bem mais vivas e precisas, uma grande vantagem para qualquer jogo, mas que brilha ainda mais em jogos como Mario Kart 8 Deluxe ou Tetris Effect. Os níveis de preto mais profundos também têm um grande impacto e isso nota-se especialmente em jogos mais “escuros” como o Metroid Dread, onde o contraste entre a escuridão e as cores vivas é proeminente. Não há como negar que o ecrã OLED faz uma diferença considerável, voltar para a minha Switch com um ecrã LCD custou um bocado.

Neste novo modelo há uma nova opção nas definições da consola que nos deixa ligar um modo de imagem em que as cores ficam mais saturadas, o que resulta em cores menos fiéis, mas talvez mais impressionantes, especialmente em jogos muito coloridos. Sendo um ecrã OLED, há sempre a possibilidade de haver alguma retenção de imagem ou burn-in, mas é algo que não se pode observar tão cedo na vida da consola e apenas o tempo dirá se vai ser um problema ou não. O ecrã agora é de vidro em vez de plástico, o que quer dizer que é menos sensível a riscos, mas potencialmente mais fácil de quebrar, se bem que já vem com uma película protectora aplicada.

A consola tem o mesmo formato e dimensões da Switch “normal” e pesa 420g, apenas mais 22g do que antes, uma diferença irrelevante. Apesar disso, ao pegar na consola notei imediatamente uma diferença porque o material da parte de trás tem um toque um pouco mais agradável. De facto, a traseira da consola teve uma alteração muito bem-vinda, a base que faz com que a Switch se apoie em pé agora tem a largura do dispositivo e o ângulo é ajustável, o que faz com que o chamado modo de superfície estável seja imensamente mais estável do que no outro modelo. Os altifalantes também são diferentes, oferecendo um som mais rico, se bem que nada substitui a utilização de auscultadores. A Switch OLED tem 64 GB de memória interna, o dobro dos outros modelos, não é imenso, mas não deixa de ser uma melhoria.

A dock também sofreu um redesign, é branca, os cantos são redondos e o painel traseiro é removível, prático para quem muda de cabos regularmente, mas a grande mudança é a inclusão de uma porta Ethernet, algo que antes só era possível com um adaptador e que garante uma ligação à Internet bem melhor do que por Wi-Fi. Os Joy-Cons, apesar de brancos, são de resto iguais aos outros, por isso não são de esperar melhorias no que toca aos problemas de drift ou de má ligação.

O preço habitual deste novo modelo é de €350, mais 50 do que o preço máximo normalmente praticado na Switch V2, se bem que esta se encontra mais facilmente em promoção, o que pode tornar a diferença maior. Para quem apenas joga na TV, este novo modelo tem muito pouco interesse, mas quem a usa ou tenciona usar regularmente no modo portátil ou de superfície estável, é inegável que a Switch OLED oferece uma experiência melhor.

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