Análises

Destiny 2: Lightfall

O princípio do fim

Versão testada: PlayStation 5
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One

Destiny 2: Lightfall é a mais recente expansão para o jogo live service da Bungie, que visa oferecer um novo capítulo que empurra a história para a frente. Tendo regressado a Destiny 2 após uma longa pausa, confesso que foi bom relembrar os aspetos que tornaram este jogo num sucesso. De facto, o gunplay de Destiny 2 continua a ser extremamente bom e divertido.

Nesta expansão, os Guardians vão até Neptuno tentar encontrar algo que os ajude na sua batalha contra a misteriosa entidade, chamada Witness. Pouco se sabe sobre as suas origens e motivações, a não ser que persegue o Traveler há imenso tempo e que pretende concretizar algo a que chama de Final Shape. A campanha começa de forma explosiva, com uma cena onde Traveler e Witness se encontram frente a frente; Traveler não tem mais para onde fugir. E assim, os Guardians têm de se virar para Neptuno em busca de mais aliados e força para a batalha que se avizinha.

A campanha em si acaba por não ser tão épica como a cena inicial deixava sugerir. Neptuno é pela primeira vez na série um destino explorável e introduz Neomuna, a capital de uma civilização humana escondida e desconhecida até agora. O local em si é super colorido e vibrante e é sem dúvida um local diferente dos que vimos até então. No entanto, achei que a campanha não atingiu os altos que o inicio sugeriu, muito por culpa da nova classe chamada Strand. Embora perceba o porquê, achei que a campanha dedicou demasiado tempo à aprendizagem deste novo poder, e como consequência, não conseguiu entregar muitos momentos marcantes, exceto a parte final que não vou mencionar para não estragar a surpresa. Pena não terem existido mais momentos deste género.

A estrutura da campanha não difere muito do que se viu nas expansões anteriores, ou seja, além das missões de história espalhadas pela localização, que inclui a utilização de veículos, é também necessário fazer o novo strike como parte da narrativa. E pelo meio, também se entra numa simulação Vex como treino. Um dos destaques vai mesmo para a nova classe, Strand, que oferece um novo conjunto de habilidades, algumas partilhadas entre Warlock, Titan e Hunter, e uma nova forma de movimento transversal. É extremamente divertido utilizar uma espécie de gancho de energia verde para me puxar em direção aos inimigos para depois lhes dar um golpe melee para um impacto AOE. Esta classe não é apenas poderes de cor verde, mas sim uma forma diferente de abordar os combates.

Obviamente, terminar a campanha não significa o fim da expansão. Muito pelo contrário, representa o início do processo de obtenção de loot para preparar o boneco ou bonecos para as atividades PVE mais desafiantes. A última missão da campanha tem 1750 Light como recomendado, que é o soft cap. A partir daqui, subir de power só com Powerful drops ao efetuar as típicas atividades semanais. Destiny 2: Lightfall também inclui uma nova atividade publica, chamada Terminal Overload, que acaba por não diferir muito de outras atividades públicas vistas em expansões anteriores, como Escalation Protocol e Blind Well. São atividades públicas para múltiplos jogadores, divididas por fases progressivamente mais difíceis, que no final recompensam loot.

Importa também mencionar que Destiny 2: Lightfall traz consigo um grande leque de alterações ao núcleo base de jogo. Isto inclui balanceamento das armas, adição de um sistema de loadout que permite criar até 10 loadouts sem qualquer app externa, um novo sistema de reputação, alterações à economia, um sistema de mods reformulado, alterações ao weapon crafting, e também um ajuste geral da dificuldade para tornar as atividades mais desafiantes.

Como tem sido habitual, a história não termina com o final da campanha e vai ser desenvolvida ao longo do ano através das seasons e do conteúdo que será adicionado periodicamente, além de que falta a inclusão da nova raid, The Root of Nightmares. Dada a natureza do jogo, é muito complicado tentar prever a reação da comunidade a longo prazo ao novo conteúdo e às alterações aos diversos sistemas do núcleo da jogabilidade, mas no geral, gostei do que Destiny 2: Lightfall ofereceu até à data. Ainda para mais, a expansão coloca definitivamente uma cara, um inimigo concreto num conceito abstrato que existia deste o primeiro Destiny. Esta não é a expansão final desta saga, mas é o início do fim.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 8

8

A campanha pode não ter muito momentos épicos e é perdido demasiado tempo na aprendizagem dos novos poderes, mas no geral, achei Neomuna um local interessante de explorar e a nova classe é muito divertida de utilizar.

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