Análises

Agents of Mayhem

Versão testada: PlayStation 4 Pro

Conhecem G.I. Joe? Agents of Mayhem claramente foi buscar inspiração a esse tipo de desenhos animados. Explosões, muita acção e a típica luta entre bons contra maus, são uma constante neste novo título da Volition. E se alguma vez jogaram Saint’s Row, então, vão ver aqui muitas similaridades entre ambos os títulos.

Agents of Mayhem decorre no mesmo universo de Saint’s Row, numa versão futurista de Seul, Coreia do Sul. As batalhas entre as organizações MAYHEM (Multinational Agency Hunting Evil Masterminds) e LEGION (the League of Evil Gentleman Intent on Obliterating Nations) são tão frequentes, que os habitantes da cidade já encaram estas situações como coisas do quotidiano. Este é um jogo open-world, o que significa muitas das coisas habituais do género, seja roubar carros e conduzir pela cidade à maluca, fazer as muitas sidequests espalhadas pelo mapa, e parar os maus da fita nas missões principais.

O mapa de Seul é relativamente pequeno comparado com outros open-world, significando que não precisarão de andar muito até encontrarem sarilhos. Quando isso acontecer, vão ter à vossa disposição 12 personagens diferentes, cada uma com a sua habilidade e estilo próprio, que podem alternar durante os combates.

As cutscenes principais são animadas como se tratassem de um desenho animado dos anos 80, o que ajuda a trazer ao de cima aquele estilo G.I. Joe. Todas as personagens, sejam os heróis, personagens de suporte ou vilões, apresentam um estilo único. Além das suas personalidades distintas, cada um dos heróis utiliza uma arma diferente, e como podem levar para os combates três agentes de cada vez, é possível alternar entre estilos conforme a necessidade.

Cada tipo de inimigo também faz bom uso das suas habilidades em combate, como criar buffs ou shields para os seus companheiros, contribuindo assim para o bom ritmo dos tiroteios e adiando o aparecimento da fadiga de se lutar sempre contra o mesmo grupo de adversários. Essa fadiga só começou a aparecer no último terço da campanha, que demorei cerca de 18 horas a terminar.

Os combates são rápidos e incentivam que se combinem as características únicas de cada personagem para mais facilmente derrotar os adversários, como usar Fortune para tirar o shield aos inimigos e trocar para Gat para derreter por completo tudo o que lhe apareça pela frente. O design mais vertical do mapa, também ajuda a essa rapidez de combate, e permite uma maior liberdade de movimentos. Pena é que isto seja estragado por uma má optimização, porque mesmo na PS4 Pro se notam quebras de framerate quando a acção é mais caótica.

Em termos de história, não há aqui nada de muito complicado. Tudo se resume a derrotar inimigos específicos da LEGION de forma a parar os seus planos maquiavélicos. O voice acting é bastante interessante e competente, fazendo lembrar os jogos Saint’s Row, e conferem carisma às personagens. Apesar de a campanha não apresentar nada de propriamente novo, faz um bom trabalho em oferecer diversão. Por outro lado, o conteúdo opcional é o conteúdo típico e pouco interessante dos jogos open world. Por exemplo, vão poder capturar bases da LEGION, mas todas apresentam um aspecto praticamente igual.

Agents of Mayhem é piroso, no bom sentido, e consegue prestar homenagem aos desenhos animados dos anos 80 e 90, estilo G.I. Joe. Os combates frenéticos oferecem espaço para estratégias, e incentiva o bom uso das habilidades únicas das personagens. Peca no entanto por aspectos técnicos menos bem conseguidos e por conteúdo opcional repetitivo. Agents of Mayhem não consegue atingir o seu potencial máximo, mas é genuinamente um jogo divertido.

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela Ecoplay para efeitos de análise.

Nota Final - 7

7

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