Análises

Batman: Arkham VR

Versão testada: PlayStation VR

Batman é um dos heróis da DC Comics mais populares, e com a série Batman: Arkham, a produtora Rocksteady Studios conseguiu que o morcego mais conhecido do mundo também tivesse sucesso nos videojogos. Agora, graças ao lançamento do PlayStation VR, temos a oportunidade de desempenhar o papel de Batman de uma forma completamente diferente e mais pessoal que nunca.

Ao colocar o headset e ao usar dois comandos Move, iremos jogar como Batman numa perspectiva na primeira pessoa, em que teremos controlo de tudo da cintura para cima. Ao levantarmos os braços vemos as luvas pretas do Batman à nossa frente. Passar em frente a um espelho e ver o reflexo de tudo aquilo que fazia foi sem dúvida surreal, mas atesta à capacidade de imersão do jogo.

3A história não é propriamente original, principalmente se conhecem minimamente o historial de Batman, mas ainda assim, é interessante ver tudo de uma outra perspectiva. Primeiro começamos como Bruce Wayne. Depois, é tempo de descermos à Batcave e equipar o fato de Batman. Utilizando o Move teremos controlo sobre as várias ferramentas que Batman tem à sua disposição, incluindo as batarangs e o grappling hook.

Se estão há espera que este título seja acção pura como os anteriores Batman: Arkham, então, ficarão desiludidos. Em vez de murros e pontapés, Batman: Arkham VR é mais virado para o modo detective; mais virado para a análise e investigação.

O jogo decorre numa única noite como Batman, onde iremos resolver crimes e encontrar caras familiares. Cabe a nós passar por cerca de meia dúzia de locais e encontrar o responsável pelo ataque a um dos nossos aliados. A história é curta e a narrativa não é única, mas a imersão transmitida é enorme e dá a sensação de que estamos mesmo em Gotham e de que somos o Batman. E isto é suficiente para nos dar motivação para continuar a aventura.

2Outro aspecto onde Batman: Arkham VR se destaca pela positiva é na utilização das capacidades da realidade virtual. As mecânicas usadas são boas e foram bem implementadas, nunca parecendo que existem simplesmente por existir. Usar as ferramentas para analisar, por exemplo, um cadáver e descobrir qual a causa da sua morte é intuitivo e faz sentido no contexto. Pegar em objectos e rodá-los pode revelar pistas, e existe um número decente de puzzles espalhados ao longo da campanha.

Uma vez completada a aventura, é possível repeti-la e tentar resolver os puzzles do Riddler. Apesar de isto não oferecer muito mais conteúdo e tempo de jogo, é uma boa adição e dá um incentivo para voltarmos a jogar o título outra vez. Mesmo assim, este é sem dúvida o ponto fraco de Batman: Arkham VR, porque é possível completar tudo em menos de 3 horas.

Eu não sei se consideraria Batman: Arkham VR propriamente um jogo. Diria que é mais uma experiência de entretenimento. Mas sem dúvida, Batman: Arkham VR é uma excelente e inesquecível experiência VR, e um título capaz de demonstrar o potencial desta tecnologia. Peca apenas por ser uma experiência curta.

 

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela editora/distribuidora para efeitos de análise.

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