Análises

ELEX

Versão testada: Playstation 4 Pro

ELEX é um Action RPG desenvolvido pela Piranha Bytes, estúdio que muitos devem conhecer, nem sempre pelas melhores razões, mas que nos trouxe a franquia Gothic. Em ELEX, o estúdio deixou de lado o aspecto puramente medieval e juntou a fantasia com a tecnologia.  Situando-se numa era apocalíptica, o protagonista junta-se à guerra por causa de um recurso poderoso, chamado “ELEX”, que dá às pessoas poderes mágicos. O mundo do jogo é uma mistura de futurismo e com locais medievais, juntamente com montanhas geladas, montanhas vulcânicas e ambientes desérticos

Os eventos decorrem num planeta chamado Magalan, após este ter sido atingido por um meteorito, os sobreviventes formaram grupos e lutam pela sua sobrevivência e pelo destino do planeta. O protagonista é um membro formado dos Albs, um grupo que consome ELEX para colocar de parte as emoções e basear as suas decisões apenas na lógica. A recuperar de um acidente que teve com a sua nave, o protagonista passa pela abstinência do ELEX experimenta emoções pela primeira vez na sua vida, transformando-o num traidor. Como consequência, o protagonista terá de esconder o seu historial e a sua antiga identidade das facções que anteriormente eram suas inimigas.

O jogador pode cooperar e juntar-se a uma das três facções: The Berserkers (renunciaram a tecnologia moderna e o uso de ELEX), The Clerics (fanaticamente adoram um deus chamado Calaan e operam como um estado policial religioso onde consumir ELEX é expressamente proibido) ou os The Outlaws (não têm líder e operam através da mentalidade “sobrevivência do mais forte”, utilizando armas improvisadas e mortíferas e consomem o ELEX sob a forma de drogas estimulantes especializadas). Um ponto positivo para o modo história do ELEX, é a quantidade de reviravoltas inesperadas.

Assim que comecei jogar as minhas primeiras horas no ELEX, fez-me lembrar jogos como Fallout (3, New Vegas e o 4), Mad Max e o The Witcher 3. O jogador vai poder de fazer muita coisa, completar missões, fazer crafting, e apanhar objetos (ex: ELEX), entre outras coisas. De salientar pela positiva pelo fato do mapa ser super vasto, com os seus cenários vistosos, isto apesar de o jogo ter alguns visual bugs, como por exemplo, havia alguma coisa que me incomodava algumas vezes quando estava a utilizar a tecnologia (para ver o mapa, ver o objetivo das missões, etc.) do protagonista. Os cenários e edifícios por vezes estão recheados de criaturas e máquinas monstruosas que temos de derrotar ou passar sorrateiramente sem sermos descobertos.

Cada vez que abatemos um inimigo ou completamos uma quest, obtemos experiência e se subirmos de nível ganhamos 10 pontos de atributo que podemos utilizar em 5 opções: Strength (aumenta o melee damage e desbloqueia certos items e habilidades), Constitution (aumenta a life energy bar e desbloqueia certos items e habilidades), Dexterity (aumenta o ranged damage e desbloqueia certos items e habilidades), Intelligence (dependendo da tua facão, aumenta a mana ou o PSI power e desbloqueia novas habilidades) e o Cunning (aumenta as nossas skills sociais, se fores Outlaw, aumenta a chem capacity).

O protagonista também pode aprender novas habilidades dependendo da quantidade de Elexit, Skill points e do nível do Strength, Constitution, Dexterity, Intelligence e do Cunning. ELEX tem um enorme vasto de armas, armor e de items, que oferece uma boa quantidade de opções de equipamento para usar no combate.

O combate do ELEX, é algo estranho e desequilibrado, muito devido aos hitboxes e das animações imprecisas, especialmente na área do ataque. Já para não falar que o jogo tem uma dificuldade exagerada, mesmo em easy. Há certas quests que me fizeram puxar os meus cabelos. Por exemplo, há uma quest em que tenho de salvar um indivíduo de uns quatro bandidos armados até aos dentes. Obviamente que seria suicídio enfrentar os quatro ao mesmo tempo e para evitar isso, tive que ir para as costas do inimigo que inicia o ataque e defronta-los um a um, juntamente com o meu companheiro. A IA dos nossos companheiros é de tirar o chapéu… pela negativa. Durante as lutas, parece que o cérebro deles fica congelado durante uns 5-10 segundos para saber se devem atacar ou não o inimigo e a minha vontade foi de mandar-lhes um belo berro.

E a conclusão que chego é esta, infelizmente para a Piranha Bytes, os inconvenientes do ELEX estragaram naquilo que podia ser um bom jogo e em vez disso, não passa de um jogo mediano. É pena, porque quando vi o primeiro gameplay do jogo, parecia ter grande potencial. Aconselho à malta esperar por atualizações e por uma promoção do jogo.

Nota: Cópia do jogo fornecida pela Ecoplay para efeitos de análise.

Nota Final - 6

6

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