Análises

Kirby: Planet Robobot

Depois de Kirby Triple Deluxe, um óptimo título que pecava por ser demasiado familiar, Kirby’s Rainbow Paintbrush foi mais um numa longa linhagem de spin-offs que merecem tanto destaque como os jogos principais.
Mesmo com este desvio, foi um pouco cansado da série que entrei em Kirby: Planet Robobot para a 3DS. Será que basta pôr a bola côr de rosa num robô para dar uma nova energia à série?

Robobot não reinventa a roda, continua a ser a confortável experiência de controlar um adorável ser de poderes aparentemente ilimitados contra inimigos que nos fazem sentir os maus da fita quando os derrotamos. Os níveis são relativamente simples, focados mais na acção do que em saltos, a diversão vem em grande parte da variedade de poderes que podemos roubar aos inimigos e do leque de movimentos que isso abre, dando-nos a liberdade de jogar de várias maneiras, muitas vezes dentro do mesmo nível.
Há zonas onde usamos armaduras Robobot, pequenos mechas espalhados pelo jogo que tornam os inimigos e obstáculos um problema ainda menor, velhas habilidades ganham uma nova vida ao absorve-las com a armadura, tornamo-nos máquinas de destruição com lasers poderosíssimos, lâminas gigantes ou até em naves ou carros.
São pequenas secções que fluem muito melhor nos níveis do que os “super-poderes” de Triple Deluxe e Return to Dreamland, são pequenos set pieces que ajudam a adocicar ainda mais a progressão relativamente simples pelos mapas.

KPR City 600x240O mesmo se pode dizer do uso de profundidade que continua a ser uma boa razão para ter o slider 3D em cima, apesar de isto trazer algumas quedas de framerate.
A interacção regular, mas nunca intrusiva entre diferentes planos de profundidade, ajuda a direcionar a nossa atenção e a desenhar níveis não só para cima e para a frente, mas também para dentro. Nada de mecanicamente muito complexo, mas dá mais um pouco de dimensão aos níveis.

O tema tecnológico traz uma mudança de ares bem-vinda, fábricas de gelados gigantes, portos marítimos e uma cidade ao anoitecer completa com semáforos em cruzamentos com Waddle Dees ao volante, felizmente desta vez, o aspecto demasiado familiar desapareceu.
Hirokazu Ando e Jun Ishikawama, veteranos compositores da série continuam sem falhar, novas versões de temas familiares claro, mas muitas músicas novas e um alcance que vai do minimalista ao rock progressivo em pouco tempo.

KPR_Construcraken 600x240Robobot consegue ser “mais Kirby” sem enjoar, adorável e com momentos de filme sci-fi de acção, acessível, mas com algum desafio escondido, bons extras, multiplayer e uma banda-sonora fantástica, Kirby Planet Robobot é do melhor que a série tem para oferecer.

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