Análises

Wolfenstein II: The new Colossus

Versão testada: Playstation 4 PRO

Ação em quantidades exageradas, frases ditas por pessoas malucas, nazis aos montes para desfazer… é isto o novo Wolfenstein.
Não há volta a dar, não há sentimentos a interferir, o jogo indica-nos sempre o mesmo caminho: os nazis têm de morrer!
Wolfenstein II: The New Colossus tem um início memorável, é fantástico como uma simples introdução ao jogo mostra tão facilmente o ritmo que vai pautar toda a aventura com a nossa personagem. Somos novamente o bruto do Blazkowicz, começando penosamente numa cadeira de rodas a matar nazis, confrontado também memórias do seu passado, sempre em sofrimento, mas renascendo como um Super soldado Sci-Fi de fato equipado.

O carrossel de sentimentos a que somos submetidos nas primeiras horas de jogo é simplesmente brutal, encaixando na maneira de ser de Blazkowicz e mostrando o quanto ele foi moldado pelo seu passado. A Machine Games vai mais além desses momentos e traz-nos outros que são uma loucura Over the Top, novamente memoráveis e que nos cativam a entrar nesta loucura. Com um enredo simples o jogo cativa com as outras personagens, algumas que já conhecemos do primeiro capítulo, cada qual com os seus problemas e sempre algum momento especial que nos fica na memória.

A campanha do jogo é bastante linear mas o seu mundo de jogo é coeso e bem realizado, dando a sensação que há mais coisas a acontecer para além daquilo que vemos, além do mais as personagens encaixam que nem uma luva no mundo de jogo. Se por um lado temos uma realidade alternativa aos acontecimentos do passado, por outro, apesar de toda a loucura over the top, tudo se mantém coeso e ao mesmo tempo sério e sentimental. A junção das da loucura com a seriedade é para mim o ponto mais forte deste jogo e algo de que a Machine Games deve ter motivo para se orgulhar.

Técnicamente o jogo usa o motor Id Tech 6, presente no excelente reboot de DOOM, e explora o que de melhor ele tem para oferecer. O jogo está noutro patamar a nível de efeitos e iluminação quando comparado com o anterior The New Order de 2014. Se conseguirem gerir a reduzida vida do nosso personagem é mesmo possível jogar agressivamente e imitar o folclore de adrenalida de DOOM, ainda para mais acompanhados novamente pela banda sonora composta pelo fantástico Mick Gordon.

No meio de tanta coisa boa também há algumas coisas más, a começar pela dificuldade que não é linear e por vezes sente-se desajustada e pela IA que não prima pelo seu brilhantismo.
Mas Wolfenstein II é tão louco que o pouco que tem de errado é facilmente suplantado por tudo o resto. Se querem um bom Shooter Single Player na primeira pessoa, comprem-no! Não é preciso dizer mais nada…

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela distribuidora para efeitos de análise.

Nota Final - 9

9

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