Análises

Total War: Warhammer II

Lançado o ano passado, o primeiro Total War: Warhammer foi um casamento de sucesso entre a franquia de longa data da Creative Assembly e um elemento mais fantasioso oferecido pelo universo Warhammer. Sim, o universo Warhammer nem sempre foi bem utilizado, mas em Total War, encontra o par perfeito graças à adição de magia e unidades aéreas sem que o núcleo base táctico seja sacrificado. Pode parecer estranho que uma sequela seja lançada apenas um ano depois, mas a verdade, é que o novo título melhora em vários aspectos do primeiro Total War: Warhammer.

Uma dessas melhorias oferecidas por Total War: Warhammer II é uma campanha mais coerente e raças mais exóticas que adicionam uma maior variedade às batalhas. O enredo é relativamente simples. Há muito tempo atrás, os High Elves criaram, com sucesso, um vortex para parar uma invasão demoníaca. Agora, o vortex é o ponto central num conflito entre as raças High Elves, Skaven, Dark Elves e Lizardmen, que querem ter acesso ao poder do portal e evitar que as outras raças façam o mesmo.

Como é tradicional em Total War, o jogo está dividido em dois modos. Uma parte do jogo é jogado num mapa estilo Civilization, onde podemos expandir a nossa facção. Neste modo podemos construir edifícios, treinar e movimentar tropas, e desenvolver a nossa economia, entre outras coisas. A outra parte do jogo decorre no campo de batalha em tempo real, onde controlamos directamente os nossos batalhões de guerreiros, utilizamos feitiços épicos e enfrentamos hordas de unidades adversárias. Não vou entrar em muitos detalhes para não tornar o texto num guia, mas cada raça oferece a sua experiência de jogo única, apresentando grandes diferenças de estilo entre si.

Conforme se vai avançando na campanha, os adversários crescem em número e tornam-se mais poderosos, enchendo o mapa na tentativa de nos parar. A certa altura eles tornam-se tão poderosos, que incentivam a que se procure ajuda do vizinhos. A progressão produz grande impacto na diplomacia, e encoraja a que se criem alianças com outros grupos dentro a mesma facção. Isto leva à criação de grandes impérios e oferece de imediato um aumento do território controlado, assim como mais um batalhão de soldados para comandar.

Ao inicio, as batalhas parecem não oferecer muito, mas há medida que se vai progredindo vamos tendo acesso a novas tecnologias, abrindo assim o leque de opções tácticas. A elegância do design dos combates permite que se perceba bem a direcção das batalhas e rapidamente se tire partido de qualquer fraqueza nas formações inimigas. Tudo é desenhado para forçar que o jogador inove e crie planos na hora, testando assim as suas capacidades de formas únicas. Neste aspecto, Total War: Warhammer II é melhor que o seu antecessor em tudo. Em tudo, menos na camara que continua a ser uma frustração. Conseguir um alinhamento correcto que nos agrade pode ser uma tarefa difícil, e o zoom out não vai longe o suficiente.

A nível de grafismo, Total War: Warhammer II mantém-se fiel ao estilo do seu antecessor, mas oferece pequenas melhorias visuais e um pouco mais de detalhe no geral. Obviamente que ao fazer zoom se notam algumas imperfeições, mas numa distância normal, o jogo é visualmente agradável e apresenta uns quantos bons pormenores como o sistema de iluminação ou a animação dos soldados. No PC usado para esta análise, que tem um Intel 6700k, uma RX 480 8GB e 16GB DDR4, não tive problemas de maior, e consegui uma performance de 60 fps constantes. Contudo, os tempos de loading são mais longos que o desejado.

Total War: Warhammer II não reinventa o género e usa grande parte das coisas que tornaram o primeiro título num jogo tão especial; num casamento de sucesso entre Total War e o universo Warhammer. Mas as muitas pequenas melhorias e um conjunto de facções mais interessantes oferecem uma experiência mais cativante, que qualquer fã do género irá gostar. De certa forma, Total War: Warhammer II quase que parece um best off da Creative Assembly.

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela Ecoplay para efeitos de análise
Sistema utilizado: Intel I7 6700k 4GHz, Strix RX 480 8GB, 16GB Ram DDR4, Windows 10

Nota Final - 8.5

8.5

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