Syndrome
Versão testada: Playstation 4 Pro
Syndrome foi inicialmente conhecido como Sleepers, mas em Maio de 2015 houve a necessidade de alterar o nome do jogo para não infringir os direitos de autor do filme Sleepers. Não foi um bom começo para este título sci-fi horror bem ao estilo da série Dead Space e de Alien Isolation, que curiosamente foi desenvolvido em Portugal. Após ter sido lançado no ano passado para o PC, eis que surge agora a versão para as consolas.
Os eventos do jogo começam a bordo da nave espacial Valkenburg. Identificados pelo computador da nave como Chief Technician Galen, acordamos de um sono criogénico e vemos que a nave está deserta. Um pouco mais tarde descobrimos que a maioria da tripulação está morta ou convertidos numas criaturas hostis meio humanas e meiomáquinas. O que aconteceu? Isso é o que iremos descobrir nesta aventura sombria.
Este jogo é jogado na primeira pessoa. Durante a exploração, o jogador pode pegar e interagir com objectos desde computadores, keypads, drawers, etc. E como não podia deixar de ser, Syndrome tem armas, embora em pouca quantidade, e incluem uma ferramenta para ataques à curta distância, uma pistola, uma SMG e uma Cannon. Sendo que se trata de um Survival horror, por vezes a melhor opção é evitar o confronto directo, e entrar no modo stealth para poupar as munições e usá-las apenas nas situações mais difíceis. E já agora, este jogo terror tem suporte para realidade virtual, mas como não tenho Playstation VR, não posso transmitir a experiência de jogo neste modo.
Em termos de ambiente, o jogo consegue ser assustador e sombrio por vezes, o que é certamente um ponto positivo para Syndrome. Mas… e é só mesmo um ponto positivo para o jogo, porque é o resto é péssimo. Gráficos, bugs e erros ocasionais destruíram este jogo por completo, mas vamos começar por partes.
Os gráficos são pouco detalhados e o contraste é algo exagerado. Por exemplo, em alguns casos, a electricidade (vindo dos cabos partidos) é demasiado ofuscante para a nossa delicada vista. Quanto a bugs, foram mais que muitos. Podia colocar aqui uma enorme lista, mas eu vou ser generoso em dar apenas um exemplo. Há uma parte em que temos que apanhar explosivos no Deck 3 e fazer um sítio do Deck 5 explodir. Até aqui tudo bem. O problema vem a seguir. Ao progredirmos na história, se voltarmos a apanhar esses explosivos, o objetivo actual é apagado e temos que voltar a explodir o sítio do Deck 5. Esplêndido não??
A narrativa não é nada de especial e pode-se completar o jogo em poucas horas. Dependendo da habilidade do utilizador e da quantidade de “trial and error”, dá para completar em menos de 5 horas. É certo que temos o botão L2 para corrermos mas é de curta duração e a movimentação da personagem é algo lenta. Carregamentos muuuuuito longos. Temos que esperar 15 segundos (se contarem com os trial and error, pior ainda) para voltarmos a pegar na nossa personagem. E a conclusão a que chego é esta… para o bem da vossa sanidade mental, evitem a qualquer custo este Syndrome. É um jogo de horrores… mas de horrores em termos técnicos.
Nota: Cópia do jogo fornecida pela editora para efeitos de análise. O jogo foi testado com a actualização 1.01 instalada.