Análises

Dissidia Final Fantasy NT

Luz vs Escuridão

Versão testada: Playstation 4 Pro

Dissidia Final Fantasy NT foi desenvolvido pela Team Ninja e pela Koei Tecmo, em parceria com a Square Enix, e trata-se de um jogo de luta 3D com elementos RPG. Este jogo, para além de dar seguimento ao jogos Dissidia Final Fantasy e Dissidia 012 Final Fantasy da PSP, também tem como objectivo celebrar os 30 anos da série Final Fantasy.

Após os acontecimentos dos anteriores Dissidia, a dimensão do Mundo B volta à vida por causa da guerra entre a Materia, Deusa da protecção, e o Spiritus, Deus da destruição. Cada um destes deuses convocou os seus heróis e vilões, e todos os guerreiros convocados mantém as suas memórias sobre a sua guerra anterior e os seus mundos originais que são usadas para alargar o mundo B, ao mesmo tempo que essa energia mística criada a partir das suas lutas o mantém.

Os combates do Dissidia Final Fantasy NT são sempre 3 vs 3 e o objectivo geral (Standard match) do jogo é abater os membros da nossa equipa adversária. E para fazermos isso com sucesso, temos que roubar os bravery points do nosso inimigo e usá-los a nosso favor com o HP attack. Também temos um outro modo para além do Standard Match, que se chama Core Battle, em que temos como missão destruir o cristal da equipa opositora e evitar que o nosso cristal seja destruído.

À primeira vista, a jogabilidade aqui presente fez-me lembrar o J-Stars Victory Vs + mas mais fluída, caótica e frenética. No entanto, por vezes o targeting é uma autêntica barata tonta, especialmente nos Core battles quando tento alvejar um dos Cristais. Durante o combate, o jogador pode andar e atacar livremente pela arena, voar temporariamente, e usar habilidades únicas, assim como usar as mais variadas EX Skills, desde o HP Regen ao Poisonga e entre outros. E claro, não esquecer que o utilizador pode fazer summons (que no total são 7), com efeitos Pre-Summoning e Post-Summoning diferentes de uns dos outros e os ataques dos Summons retiram os bravery points dos adversários. Um exemplo disso é o Alexander, que tem como Pre-Summoning o Providence (aumenta o max HP) e que tem como Post-Summoning o Divine Bulwark (aumenta o max HP e a defesa). Estes summons podem ser obtidos nos chests por exemplo. E para podermos invocar estes monstros, precisamos de preencher o summon meter e depois manter pressionado no Touch Pad do comando. É sempre giro ter estes monstros na batalha, desde que não estejam no lado da equipa adversária.

Temos 14 arenas e 28 personagens base, incluindo caras bem conhecidas da franquia Final Fantasy como o Zidane Tribal, a Lighting e o Sephiroth. Os guerreiros estão divididos em 4 classes distintas: Vanguard, que têm bravery attacks potentes que cobrem uma área larga, mas são lentos e têm uma mobilidade limitada, Assassin, são rápidos e muito móveis mas os seus bravery attacks são fracos, Marksman, péssimos no combate de perto, mas são bons quando usados para o combate de longe e o Specialist, que têm habilidades únicas que diferem das outras classes.

Em modo offline, temos 3 modos à disposição,  nomeadamente o Sparring match, Gautlet mode e o Story mode. No caso do Gautlet Mode, trata-se de ser uma espécie de Survival mode (até 6 batalhas). E nesse mesmo modo, o jogador pode escolher o Basic (podem escolher os vossos companheiros, assim como o tipo de match, Standard match ou Core battle), Story trials ou o Summon Trial, que em relação a estes dois últimos que só podem ser desbloqueados no modo história. Ponto negativo para os Story trials do Gautlet Mode, não se percebe o porquê de estarem limitados apenas aos Standard matches.

Falando no modo história, esta é constituída por uma espécie de árvore com vários eventos, cutscenes, batalhas normais e lutas contra os bosses. E para progredirmos no modo história, precisamos de Memorials, que podem ser obtidos por exemplo num dos modos do Gautlet. As lutas contra os bosses requerem uma atenção especial. Convém ter a classe certa e ter os EX Skills certos, e estar atento aos seus ataques, porque estes adversários dão imenso trabalho, o que na minha opinião é bom. Após ter terminado a história do jogo, fiquei com a sensação que este modo está lá por estar, e que poderia ter sido muito melhor.

Certo, também temos os modos Online, desde o Ranked match (Solo ou Party) e o Custom Match. Mas mais uma vez, tal como nos Story trials do Gautlet mode, os Ranked matches estão limitados aos Standard matches. Tabelas de classificação? Em lado nenhum. E talvez não fosse má ideia colocar um modo cooperativo online contra os bosses do jogo. E tanto como no online ou no offline, os combates são sempre 3 vs 3, ou seja, não há 2 vs 2 ou 1 vs 1, o que não faz muito sentido. É verdade que o jogo foi pensado em 3 vs 3, mas poderia haver uma opção em partidas normais. Mas nem tudo é mau no jogo, o Dissidia Final Fantasy NT tem um óptimo leque de items (Appearances, Weapons, Chat Messages, Avatares e Battle Music Tracks) que podem comprar na Shop ou obtê-los através dos tesouros.

Visualmente, Dissidia Final Fantasy NT é um título muito apelativo, apresentado cutscenes e gráficos in-game bem tratados. E a banda sonora do Dissidia Final Fantasy NT merece destaque, pois é sem dúvida excelente. No geral, o trabalho da Team Ninja e da Koei Tecmo neste Dissidia Final Fantasy NT não foi mau, mas podiam ter feito melhor, especialmente no modo história e na apresentação de mais algumas opções de combate.

Nota editorial: Cópia fornecida pela Ecoplay para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 7

7

Dissidia Final Fantasy NT tem uma boa jogabilidade, gráficos e banda sonora, assim como um bom leque de itens de personalização, mas um mau sistema de targeting, uma história nada de especial e a falta de certas opções de combate, puxam a nota para baixo.

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