Análises

Sword Art Online: Alicization Lycoris

System Call: Generate Bad Optimization Element. Adhere.

Versão testada: PlayStation 4 Pro

Sword Art Online é de um light novel escrito pelo Reki Kawahara. Há 8 anos atrás, a A-1 Pictures decidiu produzir uma anime desta série, mas que tem vindo a ser criticada pela narrativa. Felizmente, o estúdio tem vindo a melhorar este aspecto em cada temporada e Aliciaztion é a melhor delas todas na minha opinião. Como é habitual, a Bandai Namco é que tem a licença SAO e assim sendo, é a editoradeste Alicization Lycoris. O jogo baseado no anime é desenvolvida pela Aquria que já desenvolveu anteriores jogos SAO como o Re: Hollow Fragment e o Hollow Realization. Após ter feito 66 horas no jogo, eis que chega a altura de dar o meu veredito sobre este Sword Art Online: Alicization Lycoris.

Sword Art Online: Alicization Lycoris é referente à 3ª temporada do anime, ou seja, é referente ao Sword Art Online: Alicization. E antes que me façam perguntas, não, este jogo não tem qualquer ligação com o Alicization – Way of Underworld. E sem querer dar spoilers, vou fazer um pequeno prólogo deste Lycoris. Kirito (sem memórias) é subitamente inserido num mundo MMORPG chamado Alicization. E na procura de uns sons estranhos neste novo mundo, encontra-se com um rapaz chamado Eugeo a dar machadadas a uma enorme árvore. Eugeo conta a história de que perdeu alguém próximo, pelo facto dessa mesma pessoa ter cruzado a linha no qual dá acesso à Dark Territory, e como tal, quebrou o Taboo Index e foi levada por um Integrity Knight.

Neste Alicization Lycoris temos uma personagem original chamada Medina Orthinanos. É um rapariga calma e reservada que tenta limpar a má fama do nome Orthinanos. Para já o jogo começa bem com uma opening e uma música (ReoNa – Scar/let) 5 estrelas como é habitual num jogo Sword Art Online. E apesar do Sword Art Online ser considerado um MMORPG na anime em si, este Alicization Lycoris é um JRPG muito ao estilo dos Final Fantasy’s, Ni no kuni’s e dos Tales of. Vamos ter que explorar, não só com o Kirito mas também com outras personagens, os 4 empires (inicialmente só podemos explorar um empire, o resto vem com o progresso da história) deste mundo Alicization, derrotar bestas, cortar clamps, completar main quests e sub-quests, craft items… enfim, uma data de coisas que nos irá fazer perder imensas horas, como seria de esperar vindo de um RPG.

Podemos ir sozinho ou formar uma equipa até quatro jogadores. E quando estamos em equipa e a combater, podemos formar um ataque em grupo ou dar ordens de tácticas. Vou dar alguns exemplos sobre essas ordens de tácticas. Buff allies serve para tornar-nos (e aos nossos companheiros) temporariamente mais poderosos, ou simplesmente podemos ordenar para fazer Perform Recovey actions. E o Multiplayer, que só temos acesso a partir do chapter 2 (demorei 17 horas só para completar o chapter 1), pode ir até 4 jogadores e cada jogador pode levar um companheiro NPC. Temos os habituais desafios online temporários e até podemos fazer parte das actividades dos Raid Dungeons. E o Multiplayer é sem dúvida um dos pontos fortes do jogo. Melhor ainda se formos com os nossos amigos do que com outros jogadores aleatórios. Neste modo Multiplayer podemos procurar pela quest ou pela ID online de algum utilizador.

Kirito pode utilizar espadas, espadas duplas ou arcos por exemplo. O jogador pode utilizar Sword Skills (soa estranho estas técnicas “Sword Skills” quando não estamos a utilizar alguma espada) ou técnicas ligeiramente mais poderosas como os Enhance Armament’s ou os Memory Release’s nos alvos que queremos abater. Também se pode defender ou fazer parry. E temos 8 elementos (Sacred Arts) que podemos utilizar. Por exemplo, o elemento luz consegue regenerar a nossa saúde lentamente, enquanto que o elemento vento consegue tornar os nossos movimentos mais rápidos assim como dá-nos a possibilidade de dar saltos maiores e alcançar sítios difíceis. E sempre podemos levar estes elementos para níveis melhores. Não esquecer que como é habitual nos RPG’s, temos uma Skill Tree onde podemos adquirir as Skills e as Sword Skills.

No que toca à jogabilidade em si, não inova em comparação com os outros JRPG’s e sai prejudicada muito por causa da má optimização técnica, ou seja, imensos frame drops. Nota-se que não consegue manter os 30 FPS’s quando estamos a utilizar algum elemento ou quando estamos a explorar algum sítio com chuva, e mesmo após duas actualizações no mesmo dia, o jogo continua com os mesmos problemas. Resta esperar que a Aquria e a Bandai Namco façam em conjunto um “System Call: Transfer Human Unit Durability. Right Hand Self to Left.” nas próximas actualizações. Mesmo os jogadores no PC que não tenham uma boa máquina vão ter este tipo de problemas. Imensos objectos aparecem demasiado tarde quando fazemos fast travel para um outro local, o que é só mais um ponto para reforçar que a optimização deste jogo é péssima. Mas tirando estes aspectos negativos, até que guardei algumas boas memórias de lutas contra alguns bosses.

E falando em bosses, existem dois tipos de destes inimigos: as bestas e os humanos. Enquanto que as bestas são mais fortes, um pouco previsíveis mas difíceis de derrotar (combates lentos e a maioria costuma ser 1 vs 1), os humanos, como os Integrity Knights, são mais calculistas, mas não menos interessantes. E temos um mini quick time event durante essas batalhas e não é assim tão fácil acertar no timming e ter sucesso. Mas quando acertamos no timming, o nosso inimigo fica atordoado. Apesar de gostar das músicas dos bosses, devo dizer que são um pouco repetitivas. Mas o pior de tudo é a falta de auto-saves depois de acabarmos com algum boss, especialmente porque existem lutas consecutivas contra bosses, e na minha opinião, isto é arcaico. Só iremos ter auto-save de novo quando pudermos voltar a explorar o mundo, depois de termos visto inúmeras e longas cutscenes. Basicamente este auto-save do SAO: A é literalmente inútil.

Para diminuirmos estas chatices com os auto-saves, temos que guardar manualmente através dos imensos pontos fast travel. E falando sobre este aspecto, quando queremos ir para um ponto fast travel no mesmo local em que estamos, demora no máximo um segundo. Só quando mudamos de local é que os tempos de loading são mais demorados. A nível de história, o chapter 1, pese embora tenha alguns elementos originais pelo meio muito por causa da Medina Orthinanos, segue a história da anime Alicization, e após terminarmos esse capítulo, segue uma história original. Digo que no geral a história original é má devido ao pobre quest design, sem esquecer aquelas situações infantis antes e depois do último boss do chapter 1. Preferia que continuassem com a história do Way of Underworld em vez de uma história original, mas compreendo o porquê de não o terem feito.

Temos três estilos de cutscenes: visual novel, as cutscenes renderizadas, e as muito raras mas de qualidade CG. Apesar das longas cutscenes em que a maioria não tem grande desenvolvimento, tenho que dizer que as vozes japonesas fizeram um trabalho excelente neste SAO: AL. Infelizmente o motor gráfico não evoluiu grande coisa face ao Hollow Realization. Algumas coisas como as paisagens são aceitáveis, por exemplo, mas depois temos alguns símbolos dos Integrity Knights e outros elementos que, quando se vê de mais perto, nota-se que estão pixelizados. Podemos personalizar o nosso Kirito, mas tal como no Multiplayer, só temos acesso a esse modo no chapter 2. E sim, também é possível personalizar as outras personagens, mas com opções muito reduzidas. Conclusão, Sword Art Online: Alicization Lycoris oferece uma boa componente Multiplayer e algumas outras coisas interessantes, mas fica aquém nos técnicos. E alguns deles precisam de ser urgentemente corrigidos.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise. Este artigo foi feito após a atualização 1.03.

Veredito

Nota Final - 6

6

Aspectos técnicos com a má optimização, motor gráfico datado, texturas por limar e o auto-save pouco funcional tornam o Sword Art Online: Alicization Lycoris num jogo mediano.

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