Análises

JoJo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R

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Versão testada: PlayStation 5
Disponível para:
PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One, Switch

A série Jojo’s Bizarre Adventure, que é escrita e ilustrada pelo artista Hirohiko Araki, é quase tão antigo como a série Dragon Ball e é tão apreciado por milhões de fãs por todo o mundo, incluindo eu, muito por causa dos seus plot twists de grande qualidade. Pouco depois de ter chegado a segunda parte da Part 6: Stone Ocean, eis que chega JoJo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R trabalhado pela CyberConnect2.

Este JoJo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é um remaster do JoJo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle que saiu para a PS3 na Primavera de 2014 e, como seria de esperar, é um jogo de luta que imita os visuais da série. O jogo tem um grande elenco de personagens icónicas da série, como o Jotaro Kujo ou o Bruno Bucciarati, e estão presentes neste jogo personagens desde a Part 1 do Phantom Blood até à Part 8 do JoJolion. A personagem Baoh (da antiga manga do Araki: Baoh) também faz parte neste Battle R. No total, estão à disposição 51 lutadores.

Em comparação com o original, o jogo oferece mais 10 personagens: Robert E. O. Speedwagon, Lisa Lisa, Mariah, Pet Shop, Jotaro Kujo (Part 4), Yukako Yamagishi, Trish Una, Prosciutto & Pesci, Ghiaccio e o Diego Brando. No modo ASB (Story), ao contrário do original, não temos textos a explicar a história de cada Part (1 – 8). A inclusão desses textos nesta versão traria mais substância? Sim. E evitaria de ser aborrecido? Não. Alguma lutas neste modo são canon e outras nem por isso, como é o caso da luta Avdol vs Ghiaccio. Embora não sejam canon, estas lutas incluem interações especiais e não deixam de ter piada, porque a maioria delas são personagens que nunca se encontraram na série.

Existem missões secretas durante as lutas que servem para desbloquear skins, outfits e outras coisas, assim como ganhar dinheiro. All-Star Battle R oferece 16 arenas e todas têm gimmicks e Dramatic Finishes. Esses gimmicks podem atrapalhar ou ajudar ambos os dois jogadores, mas para que isso aconteça é necessário ativar algo nessa mesma arena. Os Dramatic Finishes do All-Star Battle R são algo semelhantes ao que se vê em Dragon Ball FighterZ, mas ao contrário do jogo da Arc System Works são mais fáceis de ser ativados e qualquer personagem pode levar com um Dramatic Finish, exceto o Prosciutto quando é derrotado no Naples Train Station. Em ordem para serem ativados, o adversário precisa de ser acabado com um HHA (Heart Heat Attack) ou com um GHA (Great Heat Attack).

Além do modo All-Star Battle, o jogo oferece também estes modos: Arcade (Challenge Battle e Endless Battle), Versus (Single Battle, Team Battle, Tournament), Online e o Practice mode. No entanto, acho estranho o jogo não ter um modo Combo Challenge. Sobre o modo online, das poucas fights que fiz, não senti lag ou input lag e teve os seus momentos divertidos, isto apesar do jogo não ter Rollback Netcode. Além disso, é uma pena que o jogo também não tenha Cross-play. O modo online tem online missions para completarmos e ganhar dinheiro e skins. Isto acaba por incentivar os jogadores a mudarem de personagem no modo online caso queiram desbloquear estas coisas. Fora disso, o modo online infelizmente também sofre de falta de conteúdo, tendo por agora apenas os modos Player Match e Ranked Match.

E sobre a jogabilidade do Battle R? No geral, muito boa e com cada personagem a oferecer um estilo próprio. Por exemplo, o Jonathan Joestar utiliza o estilo Hamon e consegue lentamente encher o Heart Heat Gauge. O Dio Brando do Phantom Blood pertence ao estilo Vampirism e com uma certa técnica, consegue recuperar saúde. O único senão é que algumas técnicas são complicadas de executar e como tal, torna-se difícil de fazer certos combos. E antes de começar as batalhas, temos que escolher um dos imensos assists, como o Close Range Attack, Anti-Hair (ex: Josuke da Part 4) Rush Attack (ex: Iggy), Long Range Attack, Counter, Trap, Tricky, HH Gauge Recovery, Moving Attack e Shooting. Estes assists não só servem para atacar, mas também para interromper as combos do nosso adversário. Mas atenção que a utilização dos assists está limitada por ronda.

O jogo inclui um modo Customize onde é possível personalizar as personagens e outros elementos. Neste modo podemos editar as Victory Poses e Taunts das personagens, e para além disso, podemos alterar a nossa Player Card. E o último modo do jogo é o Shop & Gallery. Aqui podemos comprar 2D Arts, 3D Models, Músicas, Vozes e Medalhas (Taunt’s, Victory Poses, Skins e Outfits). E nesse mesmo modo, existem as opções Model Viewer, Art Viewer, Sound Test e, por último, o glossário JoJo.

Sobre os graficos do Battle R, apesar de ser apenas uma remasterização, nota-se que foram muito bem trabalhados. Só por curiosidade, a maioria das personagens (exceção da Part 7: Steel Ball Run e da Part 8: JoJolion porque ainda não têm anime) foram adaptadas com as cores da anime em vez da manga. Sobre a performance do jogo: 60 FPS fluídos na versão testada. A banda sonora e as vozes também estão muito boas, em especialmente para o Tomokazu Sugita (que dá a voz ao young Joseph Joestar) que para além de ter imitado o diálogo das personagens, também imitou o sotaque (na perfeição) dos mesmos. Como negativo, acho que o Yuichi Nakamura (Bruno Bucciarati) devia ter demonstrado um pouco mais de entusiasmo. Apesar do Unsho Ishizuka ter falecido em 2018, continuou a dar a voz ao Old Joseph Joestar graças às falas gravanas no Eyes of Heaven. O mesmo caso aplicou-se ao Keiji Fujiwara (Esidisi).

Em suma, é verdade que o jogo podia ter um pouco mais conteúdo (modos), mas mesmo assim achei que a CyberConnect2 esteve bem com este jogo. Uma última pergunta, JoJo’s Bizarre Adventure: All-Star Battle R é um jogo de luta que vale a pena experimentar? Numa só resposta: Yes! Yes! Yes!… Y E S!!!

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise. Este artigo foi escrito após a atualização1.120.000.

Veredito

Nota Final - 8

8

JoJo's Bizarre Adventure: All-Star Battle R é um bom jogo de luta que podia tornar-se melhor se tivesse mais modos e rollback netcode.

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