Análises

One Piece Odyssey

Kaizoku ou ni ore wa naru!

Versão testada: PlayStation 5
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S
Onde comprar: Comparador ZWAME, Tropical Price

One Piece é escrito e ilustrado pelo Eiichiro Oda, e é uma série nascida em 1997 que continua mais do que viva nos dias de hoje, com a anime ter mais de 1000 episódios. Este título é um RPG por turnos e foi desenvolvido pela ILCA, companhia que também trabalhou em Dragon Quest XI e Code Vein.

A história situa-se entre o Dressrosa e o Whole Cake Island e começa quando Luffy e o seu grupo Straw Hat Pirates, juntamente com o Brook, são engolidos por uma enorme tempestade. O grupo acorda separado numa ilha chamada Warlord recheado de natureza, de animais perigosos e de outros mistérios. Mais tarde, uma personagem original chamada Lim toca no grupo inteiro e, como consequência, removeu as memórias dos poderes do mesmo grupo. Por outras palavras, Luffy, Nami, Usopp, Zoro, Sanji, Chopper, Nico Robin e Franky perderam uma pequena parte das suas memórias. E para recuperarem os seus poderes, têm que visitar as suas próprias memórias ao usar o poder da Lim.

Luffy e o seu grupo vai ter que visitar locais familiares como Alabasta, Water 7, Marineford ou o Dressrosa. E há um ponto a acrescentar, as nossas personagens não vão exatamente presenciar os mesmos acontecimentos a 100%. Além disso, o jogo faz um resumo de alguns acontecimentos, de forma a que quem não siga a série não se sinta perdido. No final, a experiência que tive no modo história do One Piece Odyssey foi muito boa.

O jogador vai ter que explorar os mapas e quando digo explorar é explorar imenso. Felizmente existem pontos de Fast Travel. Fora das missões principais, temos sub-quest’s e missões Wanted durante o Free mode. Com ou sem piada, o fato é que as missões Wanted, que envolvem capturar o(s) alvo(s), funcionam como na realidade. As recompensas são facilmente descontados com impostos. Além de que o jogador vai ter que apanhar itens espalhados por aí fora. Como é de esperar num RPG por turnos, é possível comprar ou vender health items ou outros materiais em lojas. Durante o mesmo Free mode, as personagens, que também podem ser alternadas, têm habilidades exclusivas. O Luffy consegue apanhar itens à longa distância ao esticar o braço direito, Zoro consegue cortar caixas de aço e o Chopper consegue atravessar passagens pequenas.

Conteúdo é coisa que não falta em One Piece Odyssey. Como devem saber num habitual RPG por turnos, quando o jogador ganha alguma batalha, é recompensado com pontos de experiência, dinheiro e itens. Mas vou explicar como funciona os combates do One Piece Odyssey. Temos três tipos de estilo: Power, Speed e Technique, e funciona tal como o jogo pedra, papel e tesoura. Power > Speed; Speed > Technique e Techinique > Power. Personagens como o Luffy, Chopper e o Sanji pertencem ao grupo dos Power. Zoro e a Nico Robin fazem parte dos technique type e os Speed type são para a Nami, Usopp e o Franky.

Continuando a falar sobre os combates do jogo, coisas básicas como trocar de personagem ou usar itens estão presentes neste Odyssey. E para além dos estilos power, technique e speed, temos os outros effect’s: Burn, lightning e freeze. Através do burn, as personagens ficam com queimaduras, e com o Lightning podem sofrer paralisia. Convém lembrar que os inimigos também podem ter a resistência a esses efeitos. As nossas personagens ou os inimigos também podem sangrar ou ficar desorientados, acabando até por atacar acidentalmente um companheiro seu. Isto sem contar com outros efeitos secundários como o ataque ou a defesa sofrer uma redução temporária.

Como seria de esperar, técnicas icónicas como o Gum Gum Bazzoka ou o Gum-Gum Jet Gatling do Luffy, o Concassé ou o Côtelette do Sanji, o Three sword style secret skill: Crossroads of six paths ou o Three sword style secret skill: Billion-Fold world trichiliocosm do Zoro estão presentes neste título. E para além disso, as personagens podem ativar as Bond Art’s, em grupo ou individual, que são técnicas muito poderosas. Estejam atentos que estas Bond Art’s têm Bond Charge Cost. E para preencher essa barra Bond, é preciso abater algum inimigo ou curar algum amigo nosso.

Mas existe um ponto fraco nos combates. As mecânicas do jogo são boas, mas o ponto fraco está na falta de opção de escolha da dificuldade. São demasiado fáceis e, infelizmente não há algo que torne o jogo mais desafiante, e existirem mini-puzzles que podem ser facilmente resolvidos com um só toque, também não ajuda em nada.

Na maioria das vezes, Luffy e o seu grupo fazem festas para descansarem e é aqui que podemos criar items como comida ou armas para serem usadas contra os inimigos. Sim, também é possível alterar as roupas das personagens nessas festas. Mas não só. Luffy e os seus amigos também podem ser equipados com objetos que fortalecem algumas das suas stats (HP, TP, ATK, DEF, GUTS, Initial TP Value, TP Charge Rate e Critical Rate). É uma pena que os objetos que não precisamos não possam ser vendidos.Este sistema de personalização de equipamentos não é nada complicado.

Sobre os gráficos do One Piece Odyssey, devo dizer que o jogo está muito bom em todos os aspetos. As animações dos ataques e todos os tipos de cutscenes estão muito bem trabalhadas. Não tenho razões de queixa sobre a performance do jogo. Apenas há um pequeno problema com a câmara do jogo. É quando ficamos sem o controlo da câmara muito por causa de alguns grappling points. A banda sonora também é de boa qualidade. No geral, é uma pena que o jogo seja demasiado fácil; se o jogo fosse um bocado mais desafiante iria para patamares mais altos, mas apesar disso, tudo o resto é de ótima qualidade.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise. Este artigo foi escrito após a atualização 1.000.001.

Veredito

Nota Final - 8.5

8.5

Apesar de não ser desafiante, One Piece Odyssey é um ótimo RPG por turnos.

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