Análises

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name

Até pode ter apagado o seu nome, mas o seu espírito continua intacto.

Versão testada: PC
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One

Alguém sabe quantos títulos da série Yakuza, agora conhecida como Like a Dragon, já foram lançados? Sete? Talvez oito? Será nove? Entre jogos da série principal, relançamentos e spin-offs, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é a 22ª entrada na franquia. Dado o sucesso da série, não é de admirar a quantidade de lançamentos que teve, e Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name promete ser mais uma boa adição.

Deixo já o aviso de que inevitavelmente, pela natureza específica deste título, haverão spoilers de Yakuza 6: The Song of Life, como tal, aconselho a quem não viu os eventos desse jogo saltar este parágrafo. Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name decorre após os eventos de Yakuza 6: The Song of Life e antes e durante os eventos the Yakuza: Like a Dragon. Kazuma Kiryu falsificou a sua morte e escondeu-se nas sombras para proteger as crianças do orfanato. Para tal, assinou um acordo com o grupo Daidoji para ser discípulo do mesmo, e agora ele opera como um agente secreto com o nome de código “Joryu”. No entanto, uma das suas missões correu mal e Joryu é forçado em entrar num novo conflito.

Apesar de ser curto quando comparado com anteriores jogos da série, adorei cada segundo da história. Voltas e reviravoltas e depois… o final. Quem vê aquele final e conhece a personagem Kazuma Kiryu e tudo o que enfrentou e sofreu, não pode ficar indiferente com aquilo. É possível que haja alguém que vá achar exagerado ou dramático aquilo que vou dizer, mas eu chorei com aquele final. Para tal carga emocional houve novamente a contribuição de uma enorme performance do Takaya Kuroda, a icónica voz do Kazuma Kiryu. Escusado será que este jogo possui um voice acting muito bom. De resto, e como é habitual na série, é um jogo recheado de ação.

Isezaki Ijincho está parcialmente presente em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, mas Joryu vai passar maioritariamente na cidade de Sotenbori. Para aqueles que não sabem, a cidade fictícia de Sotenbori é baseada na cidade Dõtonbori que fica no distrito de Osaka. Por razões do modo história, Kamurocho foi deixado de lado. O objetivo do jogo é simples: bater nos mauzões e evitar que a nossa barra de saúde (que pode ser recuperada com health items) fique totalmente vazia.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name tem um sistema de combate brawler em vez de combates por turnos vistos em Yakuza: Like a Dragon, e o estilo de combate tem algumas semelhanças com o do Yakuza 0 e Yakuza Kiwami. Joryu pode escolher um destes estilos: Agent e Yakuza. O estilo de combate Yakuza é basicamente o estilo de combate clássico do Kazuma Kiryu. Já o Agent tem técnicas da fação Daidoji, que inclui a utilização de gadgets como o Hornet, que é um conjunto de drones que distraem os inimigos. Existe também um outro, chamado Spider, que serve para imobilizar temporariamente os adversários. Spider também é útil para apanhar itens que não podem ser alcançados à curta distância. Por sua vez, Firefly é um explosivo, ideal para derrubar inimigos numa área mas que também pode magoar Joryu. E depois, existe o Serpent, que são foguetes existentes nos sapatos de Joryu que o impulsionam contra os inimigos, derrubando-os.

Para comprar técnicas e outros upgrades, é necessário ter pontos e dinheiro que podem ser obtidos através da Akame Network. Foram adicionadas algumas novas heat actions em adição às heat actions recicladas. Também é possível equipar o Joryu com equipamentos de proteção que o ajudarão durante as batalhas. Mas ao contrário dos anteriores, não temos acesso às armas a não ser aquelas que estão espalhadas nas ruas de Sotenbori. Conclusão, gostei das pequenas mudanças que fizeram na jogabilidade em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name.

Akame Network é um modo que leva Joryu a concluir mini-tarefas para resolver os problemas das pessoas de Sotenbori, como tirar uma bola em cima de uma árvore com o gadget Spider ou erradicar os rufias problemáticos que estão a dar problemas às pessoas. Além disso, também existem as habituais sub-quests. As mini-tarefas e as sub-quests, quando completadas, dão-nos pontos e dinheiro. De relembrar cada que fazemos level up à Akame Network, também ganhamos pontos e dinheiro. Activity Log é onde podemos ver as nossas estatísticas e em caso de algum desafio da Activity Log seja completado, ganhamos pontos.

Os coin lockers estão de volta. Para abrir pelo menos um desses coin lockers é necessário encontrar a respetiva chave que está em qualquer lado na cidade de Sotenbori. Esses cacifos contém surpresas (itens) agradáveis. Pocket Racing também está de regresso, mas infelizmente não notei qualquer tipo de novidade no modo.

Alex Kidd in Miracle World, Alien Syndrome, Enduro Racer, Fantasy Zone, Fantasy Zone II: The Tears of Opa-Opa, Galaxy Force, Global Defense, Maze Hunter 3-D, Quartet and Secret Command, (versão SG-1000) Flicky, Virtua Fighter 2, Sonic the Fighters, Daytona USA 2 (Sega Racing Classic 2) e o Fighting Vipers 2 são os jogos clássicos que estão presentes neste Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name. De resto, estão incluidos os habituais mini-jogos de apostas como o Blackjack ou o Koi-koi, assim como o Mahjong, Golf, Cabaret Club ou o Pool. E por falar no Cabaret Club, este mini-jogo recebeu uma atualização. O uso de vídeos reais neste modo dá uma nova imersão à experiência cabaret.

De salientar também o modo Coliseum. Este modo tem elementos do Clan creator, assim como as batalhas dinâmicas do Purgatory Coliseum, dado uma nova experiência de luta na arena. Os jogadores são forçados a participar nas batalhas do Coliseum em determinados momentos do enredo do jogo, e ao preencher os pedidos de Akame, podemos desbloquear novos membros para a equipa de combate de elite do Joryu. Os jogadores têm a flexibilidade de retornar ao Coliseum quase a qualquer momento para se inserirem nas novas batalhas, melhorar os registos e avançar nos níveis dos membros do clã, tudo isso enquanto são acumuladas enormes quantidades de dinheiro e fama.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name utiliza o Dragon Engine e corre suavemente a 60 FPS. Em comparação com o Yakuza: Like a Dragon, gostei do sistema de iluminação ter levado com um toque profundo. Na minha opinião, dá uma sensação de realismo ao jogo. A série Yakuza sempre teve uma banda sonora de excelência, e a deste título também não escapa a esse legado. No geral, se eu tivesse que apontar algo menos positivo seria talvez o pocket racing não ter tido qualquer novidade e também o modo história por ser curto, mas percebo o porquê. Em suma, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é um título de grande qualidade e mais que recomendado para os fãs da série.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 9.5

9.5

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é mais uma boa entrada na série, que oferece alguma informação adicional e prepara os jogadores para os eventos do próximo título.

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