Análises

Like a Dragon: Infinite Wealth

Aloha!

Versão testada: PlayStation 5
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One
Onde comprar: Comparador ZWAME, Tropical Price

Após o sucesso do Yakuza: Like a Dragon, seria de admirar não haver uma sequela. Eu próprio, que no início torci o nariz em relação ao primeiro jogo, fiquei encantado com o mesmo. Para aqueles que não sabem, Like a Dragon: Infinite Wealth é um RPG por turnos, continuando assim a mudança de estilo comparativamente aos primeiros 6 Yakuza numerados. Será que este jogo faz jus ao seu antecessor?

Estamos em 2023, após os eventos do Yakuza: Like a Dragon, em que Ichiban Kasuga e o seu grupo de amigos vive em tempos de paz a fazer o seu trabalho mundano, até ao momento em que são acusados de terem cometido ilegalidades. Como resultado, são despedidos dos seus trabalhos. Imediatamente a seguir, Ichiban Kasuga recebe informação de que a sua mãe biológica está viva e decide viajar até ao Hawaii para a conhecer. Todos os jogos da série Yakuza, agora conhecida como Like a Dragon, têm sempre um enredo misterioso e interessante e este Infinite Wealth não escapa a essa regra.

Ichiban Kasuga vai ter que explorar Isezaki Ijincho e a cidade de Honolulu. Vou explicar as mecânicas turn-base da série Like a Dragon. Como habitual, o objetivo é derrotar os inimigos antes que eles nos abatam a nós, mas o jogo oferece um sistema de combate por turnos surpreendentemente profundo e melhor do que o visto no seu antecessor. Após as batalhas, somos recompensados com pontos de experiência, não só para as personagens mas também para os jobs que estão equipados, e dinheiro e materiais para fabricar armas. Atacar, usar itens, skills e realizar pedidos de ajuda, que são os summons deste jogo, são as coisas que vão nos ajudar durante os combates. Mas não basta só atacar; também é necessário defender dos inimigos. É aí que entra o parry. Quando fazemos um parry perfeito, o dano é bem mais reduzido, algo muito útil para bosses ou batalhas mais desafiantes. Também podemos fazer boost temporários ou técnicas curativas que podem ser usadas na personagem ou nos nossos companheiros.

Há muitas coisas que podem influenciar os combates. Existem ataques físicos, ataques de fogo, ataques elétricos, ataques de gelo, ataques com veneno, ataques com pistolas e ataques com faca. E por vezes esses ataques podem dar mais do que dano. Exemplo, algum inimigo pode ficar temporariamente a arder graças aos ataques de fogo. E claro, existem técnicas de sedução, técnicas de intimidação e de irritação (o inimigo foca-se temporariamente no inimigo provocador). Lembrem-se que podem sempre chamar algum poundmate em troca de algum dinheiro para ajudar nalguma situação mais difícil. Estes poudmates podem ser desbloqueados em substories.

Tal como no jogo anterior, vamos ter que aumentar os laços com os companheiros. Faz lembrar os Social Link da série Persona. À medida que aumentamos esses laços, vão sendo desbloqueados combos e técnicas que nos ajudarão a ganhar batalhas. Uma das mecânicas que melhorou em relação ao jogo anterior é o facto de termos mais liberdade de movimentos. Isto ajuda-nos a posicionar melhor as personagens antes de executar um ataque, e assim, conseguir tirar melhor partido de objetos nos cenários. É uma ótima novidade.

Temos novas personagens jogáveis: Kazuma Kiryu, Eric Tomizawa, Chitose Fujinomiya e a Seonhee. E como é óbvio, personagens conhecidas como o Koichi Adachi, Yu Nanba, Saeko Mukoda, Tianyou Zhao e o Joon-gi Han também estão presentes. Quanto aos jobs, que é o sistema de classes deste jogo, Kazuma Kiryu tem o job exclusivo que se chama Dragon of Dojima. Lembram-se das 3 stances dele no Yakuza 0 e no Kiwami? Correto, o Brawler style, o Heavy style e o Rush style. Apesar de não podermos defender, o Heavy style é o único em que podemos atingir vários inimigos ao mesmo tempo. No Brawler, se um inimigo estiver perto de um objeto, Kiryu realizará uma Heat action ao usar este estilo. No Rush style, não podemos usar os objetos que estão perto de nós, mas Kiryu pode atacar duas vezes no mesmo turno. Tudo isto é referente aos ataques normais e não às skills.

O Ichiban Kasuga tem o habitual Freelancer, Hero e o Sujimancer. O Eric Tomizawa tem como trabalho exclusivo o Cabbie. E este trabalho está relacionado com coisas mecânicas como baterias e canos. A Chitose tem o trabalho chamado Heiress. Nesta classe a Chitose pode curar os companheiros, aplicar buffs à equipa e aplicar status ailments aos inimigos. E a Seonhee tem o job Assassin, que se foca na agilidade e na variedade de melee e nos ataques com projéteis.

O Ichiban agora também pode explorar a cidade de Honolulu com um Segway recarregável. Não é tão rápido como fazer fast travel, mas é mais veloz do que a andar a pé. Temos uma coisa chamada Aloha Links. Ao cumprimentarmos certas pessoas e até mesmo animais (que estão associadas a esse Aloha Links) com um “Aloha!”, dar-lhes comida ou até salvar alguma pessoa de algum grupo de conflituosos, vamos criando amizades com elas. E ao fazer isso, vai ajudar a preencher as partes da roda de personalidade do Ichiban Kasuga. Quando essas amizades são preenchidas, por vezes recebe-se uma recompensa. Recordam-se da roda de personalidade do Yakuza: Like a Dragon? Está dividido em 6 partes: Style, Passion, Confidence, Charisma, Kindness e Intellect. Quanto mais estas categorias aumentam, mais forte fica o Ichiban. Por exemplo: passando um certo nível do Intellect, o Ichiban fica mais resistente ao silêncio. E estas partes podem ser facilmente preenchidas ao completarmos milestones do jogo.

Tal como no seu antecessor, existe em Infinite Wealth uma oficina onde podemos criar, comprar e melhorar armas e acessórios. E isto são coisas importantes para progredir no jogo. Inclusive, é possível fazer investimentos à oficina se quisermos melhorar as opções disponíveis. De referir também que existe um novo modo chamado Crazy Delivery, em que vamos ter que entregar comida aos clientes e fazer movimentos malucos com a nossa mota para ganhar dinheiro. Dependendo da nossa prestação e da dificuldade, recebemos um número de pontos que podem ser usados para adquirir recompensas. Gostei imenso deste modo.

Outro novo mini-jogo é o Dondoko Island. É um modo que vai buscar inspiração a Animal Crossing. O objetivo deste modo é restaurar um resort degradado até se tornar num hotel de cinco estrelas. Só temos 15-20 minutos em cada dia in-game para executar as tarefas propostas. E quando os convidados estão na ilha, temos três dias por grupo de visitantes para causar uma boa impressão. Nós vamos ter que apanhar lixo, insetos, pescar, criar novas decorações e colocá-las em redor do mapa, e espancar os gangs do Litterbug Pirates.

O modo Sujimon também está presente neste Infinite Wealth. Agora não só vamos colecionar aqueles inimigos estranhos como pokémons, mas também vamos ter que combater contra os treinadores rivais e no Coliseum. E estes são tipos de Sujimon: Shadow, Light, Nature, Flame e Ice. E este mode Sujimon funciona à lá Rock, paper, scissors.

No que toca ao aspeto do jogo, Infinite Wealth apresenta gráficos de grande qualidade, com cenários detalhados e personagens cheias de vida. Contudo, notei em pequenas quebras de fluidez durante a exploração em Honolulu, especialmente em espaços recheados de pessoas. Este foi o principal defeito que encontrei em Infinite Wealth. Como sempre na série Like a Dragon, a banda sonora é de excelente qualidade. No geral, gostei das melhorias que fizeram neste Infinite Wealth em relação ao seu antecessor e os novos modos oferecerem imensa diversão.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 9

9

Mais um jogo de grande qualidade saído do Ryu Ga Gotoku Studio, e é uma boa sequela de Yakuza: Like a Dragon.

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