Análises

Yakuza Kiwami

Eis que surge o remake do primeiro jogo da personagem Dõjima no Ryu aka Kiryu Kazuma.

Versão testada: Playstation 4 Pro

Ryu ga Gotoku Kiwami (no Japão), mais conhecido como Yakuza Kiwami no Ocidente, é um remake do primeiro Yakuza. Trata-se de um jogo de acção e aventura com uns elementozitos de RPG e que tem como protagonista o monstruoso, invencível, que luta contra o mal e que está sempre ao lado dos bons, Kazuma Kiryu.

Ora como em todos os restantes títulos da série Yakuza, Kamurocho, baseada na cidade real de Kabukicho, no Japão, está sempre presente. Prólogo: Estamos em 1995, Kazuma Kiryu é acusado e preso por um crime que não cometeu. Após ter sido libertado, Kiryu descobre que os 10 mil milhões de Yen do Tojo clan foram roubados. Kiryu tem como objectivo de encontrar a Yumi, o dinheiro, e proteger uma rapariga muito jovem chamada Haruka.

Como não podia deixar de ser, a história vai sendo contada por longas cutscenes, com as vozes japonesas (que digo desde já, ouvir a voz do Takaya Kuroda, aka aquele que dá a voz ao Kazuma Kiryu… é impossível ficar indiferente) e com legendas em inglês, que estão muito bem planeadas e com toques dramáticos, que na maioria dos momentos nos deixam curiosos e com vontade de progredir a história.

Para quem vem do Yakuza 0, a jogabilidade é idêntica, tirando o fato que neste Kiwami existir mais um estilo de luta e mais uns poucos heat moves. Durante o calor dos combates, Kiryu tem 4 tipos de estilo de luta: Brawler (equilibrado); Rush (movimentos e mobilidade rápidos); Beast (Lento, mas poderoso) e o Dragon (semelhante ao Brawler, mas com alguns movimentos diferentes).

Continuando a falar sobre os combates, debaixo da barra de energia do Kiryu existe uma coisa (azul) chamado Heat Gauge, se a barra principal estiver preenchida (convém não esquecer que, se levarmos golpes do inimigo, a barra vai esvaziando), fica on-fire e significa que podemos realizar “Heat moves”, que são golpes poderosos e gratificantes, para assim dizer. E os golpes são muito variados e é giro (ainda melhor se for contra o Goro Majima, mas mais tarde falarei sobre este indivíduo engraçado), pisar a cara do inimigo, retirar a unha ou o dente do nosso adversário com um alicate etc etc etc…

Conforme vamos derrotando os nossos adversários, vamos ganhando pontos de experiências, que podem ser usados para adquirir upgrades. Os upgrades estão divididos por quatro categorias: Soul (melhorar o Heat Gauge, adicionar Climax Heat Moves que são movimentos ligeiramente mais fortes que os heat moves, etc.), Tech (adicionar novos golpes, quicksteps, quich evasions, etc), Body (healt bar, boosting the attack, etc.) e o Dragon (com isto, o Kiryu pode reaprender as técnicas do Dragon of Dojima). Mas para adquirimos certas habilidades, temos que olhar para os requirements e lutar (e derrotar) contra (acreditem mesmo que vão lutar muitas vezes contra ele) o Goro Majima ou completar os desafios do Sotaro Komaki.

Este (que no fundo, não é má pessoa) maluco, retardado, louco, assediador, awesome que está nesta última imagem com um taco de basebol, é o Goro Majima. Esta personagem decidiu por conta própria ajudar o Kiryu a reaprender algumas técnicas do Dragon of Dojima, na maioria das vezes anda pela ruas de Kamurocho a chamar (com um toque amoroso e lamurioso) pelo Kiryu, ou anda em certos bares, discotecas, etc. e como tal… assim que damos de cara com ele, temos que o derrotar numa luta ou num mini-jogo. Após o derrotarmos, a barra do ranking (inicialmente iremos ficar no rank F) vai subindo aos poucos e quando a barra estiver preenchida, temos que fazer um evento especial, que ao termos sucesso, subimos de rank (E, D, C, B, A, S, SS e SSS) e… como óbvio, ao fazermos isso, a dificuldade (nas fights) aumenta. A única queixa que aponto neste Majima Everywhere, é… ouvir imensas de vezes o chamamento “Kiryu-chan” do Goro pelo Kazuma, seja após termos saído do menu pausa ou de alguma loja. Torna-se um bocado aborrecido. Mas estejam descansados, felizmente não estraga a experiência que vamos tendo no jogo.

Yakuza Kiwami também é uma espécie de sem open-world, sempre a andar e nada de carros para conduzirmos. Podemos apanhar algum táxi para chegar a alguma rua longínqua, assim como ir a discotecas, restaurantes, bares, hostess clubs, Club Sega’s, karaokes, etc. Nas ruas de Kamurocho, vamos encontrado pessoas que estão metidas em sarilhos com capangas, Yakuza’s, etc. e temos o poder de decisão se devemos intervir ou não. Se optarmos pela ajudar, vamos ter que oferecer socos e deixar estes inúteis com nódoas negras. Se tivermos sucesso, a vítima vai nos dar uma recompensa qualquer. Assim como podemos encontrar nas ruas esses indivíduos inúteis que nos perseguem e que têm vontade de nos dar chatices, e se formos apanhados, somos obrigados a lutar e dar-lhes uns belos sopapos. Por vezes os Yakuza’s, punk’s e gang’s esbarram o nosso caminho (principalmente em sítios estreitos) até ao destino que queremos ir, e nos Yakuza 3, 4 e no 5 bastava mantermos o botão R1 (passos lentos) para passarmos despercebidos por eles. Neste Kiwami isso já não acontece, e mal eles nos vêm, temos que correr para fugirmos deles. Digamos que é um ponto mais frustrante do que propriamente negativo.

E como não podia deixar de haver, o jogo tem um Coliseum que no qual podemos lutar contra os melhores lutadores em vários modos, desde a street fight GP, modo que no qual está recheados de objectos que podemos dar no adversário, ou Druken Fist, modo onde os lutadores usam o punho embriagado. E no fim das batalhas, dependendo dos resultados, somos recompensados com dinheiro e pontos que podem ser trocados por prémios. E o que dizer da quantidade de mini-jogos? Temos Bowling, Darts, Snoker, Baccarat, Blackjack, Poker, Koi-koi, Mahjong, Karaoke e Pocket Racing, entre outros. Enfim, muita coisa para nos deixar entretidos! Mas vamos falar daqueles mini-jogos que são exclusivos neste Kiwami, que é o MesuKing (Club Sega). Trata-se de ser um mini-jogo que no qual usamos mulheres beeeeeem sexy’s que estão disfarçadas de insectos e que temos que tirar a energia da nossa oponente através da técnica Jan-ken-pon (pedra, papel, tesoura). Se formos bem sucedidos num dos pedra, papel, tesoura, a personagem que estivermos a utilizar irá realizar um golpe à oponente (estilo heat move). Não pude deixar de rir, no bom sentido, deste MesuKing.

Em termos técnicos, o que é que acham deste jogo com 1080p with 60 FPS’s a bombar e sem ter uma única quebra de framerate? Lindo, certo? Mesmo não sendo tão espectacular como a do Yakuza 4 e do 5, a soundtrack do kiwami é boa. Em síntese, quem gostou dos restantes Yakuza, vai gostar deste Kiwami e quando tiverem o jogo, que tenham este espírito do Kazuma Kiryu para os inimigos: “If you want to die, come at me!!”.

Nota editorial: Foi-nos fornecida uma cópia deste jogo pela Ecoplay para efeitos de análise.

Nota Final - 9

9

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