Análises

DmC Devil May Cry: Definitive Edition

You wanna dance? Let's dance!

Versão testada: PS4

As versões remasterizadas ainda continuam muito na moda. Quando são bem feitas, dão a hipótese aos jogadores de experimentarem algo que até então não tinham tido a oportunidade de jogar, e abrem assim caminho para uma sequela. Quando são mal feitas, transformam-se apenas em algo feito à pressão para as produtoras ganharem algum dinheiro fácil. Em que categoria se insere DmC Devil May Cry: Definitive Edition?

Quando foi lançado originalmente em 2013,  DmC Devil May Cry consegui dividir os fãs da série. Se por um lado era uma reinterpretação bastante competente e interessante do universo Devil May Cry, por outro era tão diferente que não parecia Devil May Cry, pelo menos à primeira vista. Com a Definitive Edition essa divisão no seio da comunidade não deverá desaparecer, mas com a implementação de certas funcionalidades é possível que consiga atrair os fãs mais acérrimos dos primeiros títulos Devil May Cry.

DmCDE_screens_06Uma dessas funcionalidades, tendo sido até a funcionalidade mais pedida pela comunidade. é a inclusão de um sistema de lock-on manual. Este sistema está associado ao botão R1/RB e permite forma simples alternar o lock-on entre os inimigos. O lock on, também tem a funcionalidade de mostrar a energia que os inimigos têm.

Outra grande alteração feita no sistema de combate foi a abordagem aos inimigos coloridos. Na versão original, a partir de certa altura na história, apareciam inimigos azuis e vermelhos que apenas podiam ser atacados com Angel weapon e Demon weapon, respetivamente. Em DmC Definitive Edition esse código de cores mantém-se, mas os inimigos sofrem dano de qualquer arma. No entanto, esse dano é reduzido e não é possível atirar os inimigos para o ar quando é feito com outra arma que não a arma correspondente, significando que o ritmo de combate ainda desce contra este tipo de inimigos.

Para além destas mudanças, a Ninja Theory adicionou algumas outras opções que vão dar um desafio adicional a quem jogou a versão original na PS3 ou Xbox 360. Essas três opções são: Turbo Mode, Must Style Mode e Hardcore Mode.

O Turbo Mode não é uma novidade na série e permite que o jogo corra 20% mais rápido. O Must Style Mode é um modo que pode ser ativado em qualquer nível de dificuldade, e onde os jogadores têm de estar no rank S ou superior para dar dano aos inimigos. Por fim, o Hardcore Mode, que também pode ser ativado em qualquer nível de dificuldade, é inspirado nos clássicos Devil May Cry. Neste modo, o sistema de pontuação foi alterado e é mais difícil subir o rank, fazer parry requer uma maior precisão e os inimigos dão mais dano.

Como não poderia deixar de ser, a produtora adicionou mais um nível de dificuldade. Gods Must Die Difficulty Mode é o derradeiro desafio aos fãs da série, pois os inimigos aparecem com o Devil Trigger ativo, e não é possível utilizar itens de cura nem apanhar orbs verdes.

DmC Definitive Edition já inclui o conteúdo adicional Vergil’s Downfall, e todas as alterações e implementações feitas na jogabilidade permitiram a inclusão de outra das coisas mais pedidas pela comunidade, nomeadamente um mobo Bloody Palace dedicado ao Vergil. Com 60 níveis inspirados na campanha de  Vergil’s Downfal, o jogador passa agora a ter a possibilidade de utilizar Vergil em toda a sua glória, algo que era difícil de fazer na versão original devido à quantidade de plataformas ao tamanho reduzido das áreas de combate.

dmc vergil bloodySendo uma versão remasterizada, há que contar com o aspeto gráfico melhorado. Apesar de DmC Definitive Edition não estar graficamente significativamente melhor que a versão original, o aumento de resolução reforça a excelente qualidade do departamento artístico. Mais importante que o aumento de resolução é o aumento da frame rate de 30 para 60fps, tornando os controlos mais responsivos e os combates mais fluídos. De salientar que o jogo corre constantemente a 60 fps, mesmo com o Turbo Mode ativado.

O original DmC Devil May Cry representou uma boa tentativa de reinterpretar o universo Devil May Cry, mas alguns elementos na jogabilidade não permitiram que o jogo estivesse ao nível dos anteriores títulos da série. DmC Definitive Edition é o reforçar de uma boa base graças às novidades na jogabilidade, tornando-se numa experiência mais em linha com os clássicos Devil May Cry. Apesar de graficamente não representar um salto geracional, DmC Definitive Edition mostra que uma versão remasterizada não tem necessariamente de significar apenas um aumento de resolução.

Veredito

Nota Final - 9

9

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