Análises

Strikers Edge

3, 2, 1, STRIKE!

Versão testada: PlayStation 4 Pro

Strikers Edge é um título desenvolvido pelo estúdio Fun Punch Games e foi vendedor da 1ª Edição dos Prémios Playstation Portugal. É um jogo de dodgeball com armas, ou neste caso, algo categorizado como “Dodgebrawler”. Basicamente, temos que eliminar o nosso adversário, arremessando todo o tipo de armas na sua direcção, desde lanças a machados, para lhe retirar pontos de vida até que atinja zero pontos de saúde e sejamos os vencedores da ronda. Parece simples e fácil, não? STRIKE!

Começando pelo início, dispomos de oito personagens com o seu próprio leque de habilidades e armas. Desde guerreiros nórdicos a guerreiros asiáticos. Podemos escolher jogar com uma Valkiria, guerreira com uma lança ou com um ninja que lança kunais marcadas pela morte. Já em relação às arenas, dispomos de 4 e todas elas fomentam a sensação de que estão vivas. Todas elas com os seus obstáculos e especificidades, podemos lutar numa floresta ou num barco de guerra, podem cair estalactites ou sermos empurrados pela multidão observadora do combate. Pois bem, e aqui começa o encanto de Strikers Edge.

No modo campanha, percorremos a história do guerreiro que escolhermos. Cada personagem tem o seu background, civilização e narrativas diferentes, mascarando assim, de forma positiva, a duração de cada campanha em si. Sim, cada, pois aconselho a repeti-la com todos os guerreiros para descobrirem mais sobre eles e além disso, é uma óptima forma de identificarmos qual o personagem mais direccionado ao nosso gosto e estilo de jogo.

Mas, o foco deste jogo é o multi-jogador. Contando com modo local e online até 2vs2, Strikers Edge promete competitividade para os amantes de dodgeball (ou brawler) e seguramente iremos ter a sensação de que o adversário atirou o comando contra a parede após nos desviarmos daquela seta mortífera e ganharmos o jogo porque ele se desviou para direcção do nosso arremesso desajustado. HEADSHOT! (ou então, se forem vocês os derrotados, inspirem e expirem 10 vezes e lembrem-se que o comando não é feito de aço)

Os controlos na Playstation são relativamente simples, movemos o personagem com o analógico esquerdo e controlamos a direcção da arma com o direito. Para desviar (dodge) basta pressionar L2, L1 para bloquear, R2 para atirar e R1 para activar a habilidade especial. Sim, os nossos guerreiros têm habilidades especiais, cabendo-nos a nós utiliza-las para nossa vantagem. Um defeito a apontar é a impossibilidade de alterar a sensibilidade dos controlos, mais especificamente a da direcção do arremesso, o analógico direito. Neste sentido, há que existir um certo nível de habituação para controlar de forma desejada e seguir o inimigo de forma ajustada.

Desviar, bloquear, atacar, e durante tudo isto, tomar atenção à arena porque estão a “cair estalactites”, aliados à fluidez e rapidez do jogo tornam Strikers Edge extrema e brilhantemente viciante, mas num bom sentido. Contamos também com o que chamo de performance counters, ou estatísticas. O nosso dano é contabilizado, a percentagem de acerto nos inimigos é contada, bem como os jogos ganhos e jogos perdidos. Algo que faz falta em alguns jogos de hoje.

A nível gráfico, o traço característico deste jogo é bastante apelativo. É leve, uma PS4, especialmente a PRO onde foi testado, não teve qualquer problema de quebra de rendimento. O aspecto “bit” ou retro encaixa perfeitamente no Dodgebrawler. As arenas são animadas, os movimentos dos personagens fluidos, enfim, além de agradável, correu sem nenhum problema de performance.

Eu tenho opinião que uma banda sonora não faz um filme, ou neste caso, não faz um jogo. Mas considero que uma boa banda sonora é capaz de elevar o patamar de um título seja ele de que tipo for. A banda sonora de Strikers Edge curiosamente lembra-me a minha infância, nomeadamente os jogos que joguei durante a mesma. Traz-me aquela lembrança dos jogos que agora já são considerados retro. Cheira tanto a anos 90 e fez-me lembrar umas tardes bem passadas onde não havia preocupações. Apesar de repetitiva, é uma banda sonora activa, mexida e com toques old school, casando perfeitamente com o estilo gráfico, freneticidade e tipo de jogo que é Strikers Edge.

São poucos os pontos negativos de Strikers Edge, mas se tiver que mencionar o que considero mais acentuado, diria que a questão da longevidade pode ser a pedra no sapato deste título. Não é nenhum RPG onde tenhamos que passar centenas de horas para descobrir o mais ínfimo detalhe de um mapa ou de lore de um guerreiro. É um jogo viciante sim, mas é um brawler. Vamos fazer uns combates e pronto. Encaixa talvez num jogo de descanso e desanuvio. Além que considero que os brawlers, ou a sua grande maioria, tendem em ter picos de popularidade que vão caindo ao fim de algum tempo. Mas tem um excelente caminho à sua frente. Existem tantas opções e/ ou possíveis implementações futuras, que acho que Strikers tem um futuro risonho pela frente.

Não há muito mais que se possa dizer sobre Strikers Edge. É um jogo simples, mas um jogo que cativa, é divertido e ao mesmo tempo competitivo. Com qualidade de desenho e animações bastante positivos, uma banda sonora a condizer e com jogabilidade a top-notch, Striker’s Edge é, na minha opinião e sem sombra de dúvidas, um diamante em bruto de jogo. Falta efectivamente limar umas arestas mas pode vir a ter, na minha opinião, um futuro promissor. Encontramo-nos na arena, guerreiro!

Nota editorial: Cópia fornecida pela PlayStation Portugal para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 8.5

8.5

Strikers Edge entregou aquilo que prometeu. Um jogo capaz, bastante divertido e ao mesmo tempo competitivo.

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