Análises

Sniper Elite 4 (Nintendo Switch)

Pontaria certeira!

Versão testada: Nintendo Switch

Sniper Elite 4 segue as pisadas dos anteriores títulos da série, ou como quem diz, um shooter táctico situado na Segunda Guerra Mundial. O jogo foi originalmente lançado em Fevereiro de 2017 para PC, PlayStation 4 e Xbox One, e agora, mais de 3 anos depois, chega também à Nintendo Switch.

Seguindo novamente as pisadas de Kark Fairburne, os jogadores vão a Itália, no início dos anos 40, tentar evitar que um cientista Nazi desenvolva uma poderosa nova arma capaz de mudar o rumo ao conflito. Pelo caminho, Fairburne recebe ajuda de uma milícia na luta contra a presença Nazi no país. Embora a extravagância dos confrontos a que a série nos habituou esteja presente durante a campanha, a verdade é que a história acaba por nunca se desenvolver de forma substancial e o protagonista nunca chega a ser uma personagem minimamente interessante, apesar de um setting bem construído.

Onde o jogo realmente brilha é no ambiente, nos mapas enormes e bem desenhados que cada zona do jogo oferece, que cativam o jogador a explorar e a repetir o processo inúmeras vezes. As áreas estão pensadas para permitir ao jogador decidir como vai executar a missão. É esta liberdade que consegue prendê-lo ao comando e é uma das coisas que dá fama a esta franquia.

O sistema de disparo continua semelhante ao dos jogos anteriores da série, sendo necessário ter atenção ao ritmo cardíaco da personagem porque isto terá consequência na eficácia da nossa pontaria. Os alvos podem ser marcados com o uso de binóculos, e depois, é possível ver a prestação do disparo através de uma câmara slow-motion. No caso de decidirem aumentar o nível de dificuldade, é também necessário ter outros factores em consideração, como a queda da bala conforme a distância para o alvo e a direcção do vento.

Sniper Elite 4 não depende só de disparos de longa distância com uma sniper, já que por vezes é necessário utilizar outras armas. O jogo tem um bom leque de armas da época, incluindo metralhadoras e caçadeiras. Sendo este um jogo mais táctico, é necessário analisar bem o cenário, porque a exploração revelará ao jogador armadilhas ou até poderá ser utilizada para emboscar os adversários. Se optarem por uma abordagem mais tradicional ao estilo de um third-person shooter, os jogadores utilizarão um sistema de cobertura descontextualizado e várias ferramentas para um estilo mais furtivo, como dar uso a silenciadores.

Terminar a campanha demora entre 10 a 12 horas, mas o jogo inclui modo multijogador e cooperativo, conferindo-lhe assim uma maior longevidade. Destaco em particular o modo cooperativo Overwatch, em que um dos jogadores percorre um percurso mais elevando usando a sua sniper para dar cobertura ao outro jogador que anda no terreno com armas de curto alcance. Este modo é muito interessante, porque exige uma boa comunicação táctica entre ambos os jogadores.

Visualmente, a versão Switch de Sniper Elite 4 não é tão boa visualmente como as outras versões, o que seria de esperar, mas no geral, e tendo em conta o hardware em que está a correr, foi bem conseguida. De vez em quando a frame rate tropeça, mas tirando estas ocorrências situacionais, diria que este é um bom port que os utilizadores da Switch vão poder experiênciar.

Sniper Elite 4 pode não ser um jogo extraordinário ou muito chamativo, mas a jogabilidade táctica e a liberdade dada aos jogadores na criação das suas estratégias é o que torna este titulo interessante e o que o torna no melhor jogo da série. E em relação ao port em si, apesar dos pequenos soluços, Sniper Elite 4 é um bom exemplo de um jogo que foi adaptado com sucesso à consola híbrida da Nintendo.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 8

8

Apesar de alguns problemas de fluidez ocasionais, Sniper Elite 4 foi bem adaptado para a consola híbrida da Nintendo.

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