Análises

Chorus

Toca a limpar a poeira espacial!

Versão testada: PlayStation 4 Pro
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One, Luna, Stadia

Primeiro que tudo, o jogo chama-se Chorus, embora também possa ser conhecido com o nome estilizado Chorvs. Tirado isto do caminho, este jogo é desenvolvido pela Fishlabs. Currículo deles? Bem, fizeram as remasterizações do Saints Row: The Third – Full Package e o Saints Row: Re-Elected, ambos para a Nintendo Switch. E antes disso, desenvolviam jogos para dispositivos móveis. Portanto, este é o primeiro jogo que desenvolvem para as consolas caseiras.

Chorus é um jogo pertencente ao género arcade space combat, com uma câmara na terceira pessoa. Aqui vai um pequeno spoiler sobre o modo história do jogo: Nara (que tem problemas com acontecimentos passados) e o seu parceiro starfighter Forsaken tentam impedir o chamado Great Prophet que planeia dominar o universo todo. A história ao início parece não fazer muito sentido, mas tudo se encaixa. Apesar do género em questão deixar antever uma aventura curta, a realidade é outra, já que a longevidade pode chegar às 30 horas se também fizerem as missões secundárias.

Chorus apresenta um formato open world no espaço, como tal, vamos ter que explorar vários sítios desconhecidos para fazermos as missões principais e secundárias ou apanhar coisas como créditos. E devo dizer que o mapa do Chorus é gigante. A jogabilidade, tal como já tinha dito, é puramente arcade, com uma jogabilidade muito fluída, mas ao mesmo tempo, um bocado complexa e que requer alguma habituação para tirar partido as ferramentas. Mas mesmo assim é satisfatório explodir com as naves inimigas. E convém dizer que o jogo corre a 60 FPS constantes.

A maioria das missões primárias e secundárias são para fazer escort, assault ou defender alguém. O maior ponto negativo neste jogo é a falta de variedade de missões, porque, apesar de ser divertido, nota-se alguma repetição. Nara pode utilizar três armas: Gatling Gun, Laser Cannon e o Missile Launcher. E todas estas armas podem ser melhoradas aos abatermos um determinado número de inimigos ou modificadas através dos mods ou dos Core systems. Por exemplo, o Core System do Shredding Claw da Gatling Gun tem um alto dano e tem um melhor overheat time, mas tem um fire rate lento. O Savage Talon (o meu mod preferido) da Gatling Gun é exactamente o contrário da Shredding Claw. A minha arma preferida é a Gatling Gun; pode ter um dano curto, mas fire rate (Savage Talon) elimina com o Time to Kill. Na minha opinião, os misseis conseguem ser úteis em naves grandes como os Disruptors.

Sim, temos a possibilidade de melhorars a estrutura (defesas) da nave como Hull Fragment e o Shield Fragment, e também existem drones que podem reparar a nossa nave fora ou durante os combates. O Shield consegue regenerar-se rapidamente, por isso, não se preocupem de levarem com um ou outro tiro. Nara também pode utilizar habilidades (no total, são 6 habilidades) como o Rite of the Senses, que serve para descobrir coisas em redor da personagem principal que os outros não conseguem ver. Ou o Drift Trance que serve para fazermos manobras difíceis. Algumas vezes vamos ter que entrar em alguns templos antigos e é aqui que o Drift Trance torna-se bastante útil. As restantes habilidades da Nara, são o Rite of the Hunt, Rite of the Storm, Rite of the Star e o Rite of Control.

Existem várias naves inimigas que vão tormentar a nave da Nara, como as Shades, em que temos de atacar por baixo delas ou até mesmo dentro delas. Sim é bocadinho difícil de abater os inimigos mais pequenos, como os Crowns, porque num simples segundo estão à minha frente e à esquerda e depois já estão nas minhas costas e à direita num ápice, juntamente com a jogabilidade ser um bocado complexo. Mas mesmo assim acho o jogo muito divertido. Graficamente, o jogo não é uma grande produção, mas achei que foi feito um trabalho muito bom neste departamento, quer seja nas CGI cutscenes ou in-game.

A banda sonora do jogo também é muito boa. Adorei a música do Main Menu do jogo. Caso não saibam, o jogo Chorus tem como compositor o português Pedro Macedo Camacho, que já tinha sido compositor do Wolfenstein II: The New Colossus e do World of Warcraft: Shadowlands. E também está a fazer parte do jogo para PC (que ainda não tem data de lançamento) chamado Star Citizen. O voice acting do jogo também é de qualidade. E por último, se quiserem um desafio para além da dificuldade em Hard, aconselho-vos a escolher a opção Permadeath. Se a Nara morre, automaticamente é Game Over. Não há saves e auto-saves que nos valha.

Em suma, Chorus, é um óptimo jogo de combate espacial, mas podia ser um pouco menos repetitivo nas missões e a jogabilidade um bocado menos complexa, mas mesmo assim gostei imenso do trabalho da Fishlabs. Não é perfeito, mas é um jogo que recomendo a todos os fãs do género.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise. O artigo foi escrito após a actualização 1.03.

Veredito

Nota Final - 8

8

A Fishlabs conseguiu criar um bom jogo de combate espacial, recomendado para todos os fãs do género.

User Rating: 3.7 ( 1 votes)
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