Análises

Dolmen

Toca a fazer um controlo da peste.

Versão testada: PlayStation 5
Disponível para: PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One

Dolmen é um action RPG da autoria do estúdio brasileiro Massive Work Studio, inspirado na série Souls que combina ficção científica com elementos de horror cósmico. Na verdade, este é o primeiro jogo desenvolvido por este estúdio independente.

O jogo coloca os jogadores num mundo desconhecido e nada amigável chamado Dolmen, onde o objetivo é recolher amostras de um cristal com propriedades únicas que têm “Dolmen” como nome. Estes cristais têm a capacidade de permitir interações entre realidades, atualizando a exploração espacial e mudando para sempre o mundo que conhecemos. Existem duas opções: deixar que a nossa linha de tempo seja apagada, ou então, derrotar os inimigos, sobreviver e cumprir a nossa missão.

O primeiro passo é escolher um nome, sexo, um loadout para a nossa personagem e uma personalização do aspeto para a mesma. Estão à disposição vários loadouts, como o Recruit (começar o jogo sem qualquer tipo de ajuda ou equipamentos diferentes), Sharpshooter (focado em armas de fogo), Bounty Hunter, Tanker (foca-se na sobrevivência) e Hybrid.

Depois disso, o jogo oferece pequenos tutoriais sobre como funciona o jogo. Quem jogou algum Souls sabe mais ou menos o que esperar, mas de qualquer forma, existem três barras a ter em contar: a barra de vida (vermelha), a barra de stamina (verde) que serve para executar diferentes ações em combate, e a barra de energia (azul) que é basicamente uma barra de MP e que permite curar a personagem ou embutir algum elemento nas armas.

Block para reduzir os danos é uma opção durante os combates, mas nem sempre é a mais viável, porque os inimigos também conseguem fazer ataques indefensáveis. Como em qualquer Soulsborne, dodge acaba por ser quase sempre a melhor opção. Ao explorar as áreas, vamos ter de enfrentar muitos inimigos e, por vezes, para além de experiência, deixam-nos recursos para utilizar em crafting. E claro, explorar o mundo também traz as suas recompensas.

Beacons é algo semelhante aos bonfire dos Souls e é neles que fazemos save points e é onde podemos fazer teleport para a nossa nave. É na nossa nave que podemos construir equipamento, armas, e usar os pontos de experiência para melhorar as diferentes stats da nossa personagem. Ou então podemos interagir com o Sera para voltarmos a defrontar algum boss e ganhar algumas rewards, ou fazer Join Session ou criar uma sessão no Multiplayer (somente contra os bosses). Sera fornece estas opções, mas antes de algum boss existe uma máquina que fornece essas mesmas opções. Mas independentemente dessa máquina ou do Sera, se queremos fazer algum Respawn Boss ou criar uma sessão no Multiplayer, vai sempre requerer Dolmen fragments.

Dolmen dá-nos a possibilidade escolher uma de duas opções gráficas: Performance ou Quality. No modo Performance corre a 60 FPS e no modo Quality corre a 30 FPS mas com melhores visuais como por exemplo os reflexos. Mas muito honestamente, prefiro os 60 FPS do que as melhorias visuais, ainda mais num jogo deste género. Sobre os gráficos do Dolmen, não são deslumbrantes, mas são bons o suficiente para não estragarem a experiência de explorar este mundo.

Devo dizer que também gostei do facto do jogo não ser linear, ou seja, precisamos de nos orientar sozinhos. E não, Dolmen não nos fornece mapas. Quanto à experiência de combate, tive momentos em que gostei do jogo e noutros não tanto. Pelo lado positivo, os combates são fluídos no modo performance, mas, pelo lado negativo, houve alguns momentos onde notei um pico de dificuldade e alguns bosses demoraram imenso a serem derrotados.

Outro ponto importante no jogo e que merece ser mencionado é que perdemos os pontos de experiência e os Dolmen fragments quando morremos. Mas, ao bom velho estilo Soulsborne, é possível recuperar a nossa “alma” se chegarmos até ao exato ponto onde morremos anteriormente sem perder novamente a vida. Se, no entanto, morremos antes de recuperar a nossa “alma”, esses recursos são perdidos permanentemente.

Por último, mas não menos importante, o multiplayer. A minha experiência nesta componente não foi particularmente divertida. Quando estava a enfrentar o primeiro boss do jogo, notei lag no registo dos meus ataques. Outro problema foi quando derrotei esse mesmo boss e voltei ao modo solo, alguns diálogos estavam em repetição quando se ia de um para outro lugar. Outro bug foi uma das criaturas voadoras ter parado de atacar sem qualquer razão. Em suma, Dolmen precisa de algumas atualizações para corrigir estes problemas e melhorar alguns aspetos, mas apesar tudo, achei que a Massive Work Studio fez um bom trabalho naquele que foi o seu primeiro projeto.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise. Artigo escrito após a atualização 1.000.008.

Veredito

Nota Final - 7

7

Dolmen tem arestas que precisam de ser limadas, mas é um bom primeiro esforço da Massive Work Studio.

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