Análises

Marvel’s Spider-Man Remastered

A balouçar da PlayStation para o PC

Versão testada: PC
Disponível para:
PC, PlayStation 5

Depois do lançamento ocorrido em 2018, em exclusivo na PlayStation 4 pela Insomniac Games, o jogo Marvel’s Spider-Man, unanimemente aclamado pela crítica, teve uma versão remasterizada que incluiu todos os conteúdos adicionais lançados, disponível em conjunto com o jogo Marvel’s Spider-Man Miles Morales, na PlayStation 5, em novembro de 2020. É assim a versão Marvel’s Spider-Man Remastered que chega agora ao PC, onde todo o potencial técnico e maior performance pode ser usufruída, conforme os sistemas de hardware assim o possibilitem, de acordo com a flexibilidade característica desta plataforma.

Essencialmente, neste port do jogo para o PC, as alterações a sinalizar são de cariz técnico e performance, na medida em que o conteúdo disponível é essencialmente idêntico ao lançado em 2020

Em Marvel’s Spider-Man Remastered, acompanhamos as aventuras do jovem Peter Parker, agora com um rosto alterado do original de 2018, onde nos envolvemos de modo imersivo numa aventura pela cidade de Nova Iorque, aqui muito bem reproduzida com a presença mais detalhada de alguns dos seus locais mais icónicos.

Este é um jogo muito fiel à banda desenhada da Marvel que deu fama a este super-herói, sendo esta adaptação ao mundo dos videojogos uma das mais bem conseguidas em função de toda a fluidez, dinâmica e envolvência com que controlamos o homem aranha, em voos constantes entre os prédios da cidade, num mundo aberto muito preenchido e vivo, onde o nosso herói tem que combater o crime que envolve Nova Iorque.

Entre missões principais e secundárias, Nova Iorque está muito preenchida de atividades secundárias e colecionáveis, onde podemos adquirir pontos de experiência que permitem evoluir o personagem. E devo dizer que, ao contrário de alguns jogos de mundo aberto mais recentes onde se vê uma aposta na quantidade de atividades a efetuar, quase parecendo que estamos a preencher uma check-list de objetivos a superar numa limpeza robótica e repetitiva de itens no mapa, este é um jogo muito equilibrado e na quantidade certa de objetivos, bastante bem intercalados com a missão principal e que fazem sentir que estamos efetivamente a contribuir para a consolidação do nosso protagonista como um super herói cada vez mais destemido e com maiores capacidades, mas nunca deixando de parte o seu lado humano, com as suas dúvidas e emoções no relacionamento com as pessoas que fazem parte da sua vida.

Ao mesmo tempo que o homem-aranha vai evoluindo nas suas capacidades de combate, uso de gadgets, fluidez na transversalidade, o seu lado humano mais “frágil” vai estando constantemente presente. Seja na envolvência com o amor da sua vida Mary Jane, na colaboração que dá à sua tia May Parker no seu trabalho de ajuda aos sem abrigo que desenvolve na instituição de solidariedade F.E.A.S.T liderada por Martin Li ou nos trabalhos de investigação que desenvolve no laboratório de Otto Octavius, Peter Parker vai conjugando o seu lado público e social com o seu segredo privado como super herói destemido que quer proteger a cidade de poderosos inimigos que a querem controlar.

Para além dos gadgets que vão sendo desbloqueados ou das capacidades de movimento e combate, deve destacar-se a possibilidade de irem sendo desbloqueados diferentes fatos do homem-aranha, os quais possuem características diferenciadas entre si que vão para além da mera alteração estética e visual. O desbloqueio destes fatos podem ser efetuados com a progressão no jogo mas também com a conclusão de atividades e missões secundarias, o que as tornam mais interessantes dado que permitem este tipo de recompensas que podem influenciar parcialmente a jogabilidade do nosso super herói.

Como anteriormente referido, esta versão remasterizada incluiu ainda o pack de conteúdo adicional “The City That Never Sleeps”, que contém 3 expansões que se aconselham jogar após a conclusão do jogo principal, a saber “The Heist”; “Turf Wars” e “Silver Lining”. Deste conteúdo adicional destaco a expansão “The Heist”, onde podemos encontrar a Black Cat, uma destemida personagem que exala uma personalidade e mística muito própria e que tem uma história adicional bastante interessante no contexto global do argumento do jogo base.

Em termos técnicos, o port para o PC está excelente. Com a envolvência da Nixxes, verifica-se desde logo, que o jogo está muito estável no lançamento e sem bugs notórios, com características muito bem exploradas pelas potencialidades desta plataforma. Desde um maior FOV (Field of View) ajustável, a possibilidade se jogar em monitores ultrawide (21:9, 32:9 ou 41:9), o uso de raytracing de elevada qualidade nas placas gráficas da Nvidia capacitadas para tal e um framerate desbloqueado, tudo contribui para uma experiência definitiva do jogo em todo o seu esplendor gráfico. De destacar também a possibilidade do uso de DLSS e DLAA nas placas gráficas Nvidia que ajudam a melhorar a performance do jogo pelas técnicas de upscalling sem penalizar tanto o framerate possível. O uso de técnicas de rendering que apenas são conseguidas nesta plataforma contribuem também para a grandiosidade gráfica deste jogo. Ao mesmo tempo, a versatilidade da plataforma faz com que este seja um jogo que permite o uso de teclado e rato, ambos totalmente personalizáveis, ou os comandos da Steam, da Xbox ou da PlayStation, onde se deve destacar a possibilidade do uso em todas as capacidades de haptic feedback e dos adaptive triggers do DualSense.

Este é um jogo relativamente equilibrado nos presets gráficos disponíveis em função da exigência de hardware para usufruto integral dos mesmos e no meu setup com uma RTX 3080Ti consegui corrê-lo de modo fluído em 4k 60fps e raytracing na melhor qualidade, desde que tivesse ligado o DLSS (já com este selecionado no modo “qualidade”). A experiência gráfica é efetivamente de elevada qualidade, e isto por comparação à versão da remasterizada da consola PS5 que também conhecia bem. Considero que, com os presets na qualidade máxima, esta é a experiência mais definitiva na atualidade para usufruir dos melhores gráficos disponíveis num num título bastante divertido e imersivo, mesmo que sem qualquer alteração à jogabilidade original. De qualquer modo, o jogo escala bem nas exigências de hardware e não deixará de ser uma experiência gratificante numa multiplicidade de configurações de hardware.

Em suma, Marvel’s Spider-Man Remastered lançado agora para o PC é uma boa oportunidade para novos jogadores apreciarem uma excelente aventura de um dos mais conhecidos e acarinhados super heróis da Marvel ou para alguém que queira reviver boas memórias que tenham com este jogo, podendo agora fazê-lo numa plataforma mais flexível e que possibilita, mediante o hardware adequado, uma experiência gráfica de excelência.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.
Sistema utilizado: Ryzen 5600x; Nvidia RTX 3080Ti; 16Gb Memória 3600Mhz; Windows 11

Veredito

Nota Final - 9

9

Esta versão PC de Marvel's Spider-Man Remastered provou ser um bom port e, assim, torna-se numa boa oportunidade para novos jogadores apreciarem uma excelente aventura de um dos mais conhecidos e acarinhados super heróis da Marvel ou para alguém que queira reviver as aventuras de Peter Parker com maior flexibilidade gráfica e de performance.

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