Análises

Monster Hunter Rise: Sunbreak

A expansão para quem quer ser um mestre caçador

Versão testada: Nintendo Switch
Disponível para: PC, Nintendo Switch

Monster Hunter Rise: Sunbreak é a expansão para quem jogou Rise e ficou a querer mais: mais armas, mais armaduras, mais gatos, mais cães, mais monstros, mais locais, mais melhorias e mais dificuldade.
Se já tivermos chegado a certo ponto da história em Rise podemos aceder ao conteúdo de Sunbreak viajando até ao Elgado Outpost, a nossa nova base de operações. Nesta aldeia com um estilo mais Europeu, contrastando com o estilo Japonês da Kamura Village, vamos encontrar uma série de personagens que têm sempre coisas novas para dizer. Ninguém joga Monster Hunter pela história, mas falar regularmente com os habitantes de Elgado enriquece o mundo do jogo; há diálogos engraçados e personagens mais interessantes do que no jogo base.

Na nossa missão de descobrir porque é que os monstros do reino estão tão agressivos vamos ter caçadas cada vez mais difíceis e ser postos à prova. Acedendo ao Master Rank, os monstros que já conhecíamos são bem mais fortes e têm ataques novos, fazendo com que as nossas armaduras deixem de dar proteção adequada. Toca então a caçar e fazer armaduras novas – o que é a piada de Monster Hunter. Há 19 monstros novos em Sunbreak, sendo que 5 são completamente novos e os restantes são variantes ou regressam de outros Monster Hunter. São de destacar os “três lordes”: o dragão vampírico Malzeno, o wyvern lupino Lunagaron, e Garangolm, uma espécie de gorila com pele rochosa. Estas lutas são incríveis; por mais vezes que as tenha repetido, diverti-me sempre e nunca se tornaram fáceis, mesmo com armaduras Master Rank.

Provavelmente o maior problema de Sunbreak é que pode demorar algum tempo até vermos monstros completamente novos e isso pode ser um bocado aborrecido depois de dar dinheiro pelo que é quase um jogo novo. Felizmente, depois das nossas novas presas aparecerem, isto esquece-se.

Há dois mapas novos: Jungle é uma selva tropical que regressa de Monster Hunter 2, mas bastante retrabalhada para tomar partido das mecânicas de Rise, o que torna o mapa muito interessante de explorar; Citadel é um local completamente novo e com vários biomas: um pântano, ruínas de um castelo, planícies verdes e locais cobertos de neve e gelo. São duas ótimas adições que introduzem monstros pequenos novos, assim como novas formas de vida endémica (que também aparecem nos mapas antigos). Nota-se que a Capcom levou a peito as críticas de muitos jogadores ao facto de ser preciso andar muito pelo mapa para apanhar Spiribirds e ter buffs, visto que estes aparecem muito mais perto das zonas iniciais e os próprios mapas são mais densos.

As Rampages, que também foram a parte de Rise que muitos menos gostaram, desapareceram e até as Rampage Skills foram substituídas por decorações. Pessoalmente acho que estas missões introduziram alguma variedade que era bem-vinda, mas o público falou e não é uma perda muito grande. Há uma data de melhorias de quality of life e novidades como novas habilidades para os nossos companheiros felinos e caninos. Há também uma maneira diferente de escolher as refeições em que a ordem dos ingredientes influencia o resultado e introduz uma componente de risco e recompensa. A maior alteração a nível de jogabilidade é a possibilidade de poder alternar entre dois conjuntos de Switch Skills em qualquer momento, o que aumenta brutalmente o número de ataques ao nosso dispor. Pode demorar um bocado até nos habituarmos a mudar entre skills dentro de uma batalha, mas é algo poderosíssimo.

Outra novidade bem-vinda são as Follower Quests, missões offline onde nos fazemos acompanhar de uma personagem controlada pelo computador. A inteligência artificial está bastante boa, por vezes até me esquecia que não estava a jogar com outro ser humano; os followers fazem tudo o que um jogador faria, como usar itens e armadilhas, montar monstros e até comunicar connosco. Depois de fazer essas quests, podemos levar até dois followers connosco em missões Support Survey, que também são exclusivas para jogar offline. Estes dois tipos de missões tornam o single player bem mais divertido e até nos deixam conhecer melhor as personagens. Esperemos que seja algo para ficar em futuras entradas na série.

Sunbreak não apresenta novidades tão significativas como a expansão Iceborne trouxe a Monster Hunter World, mas a verdade é que é Monster Hunter no seu melhor. Para quem não precisa de grandes diferenças face ao jogo base e ficou a querer mais, Monster Hunter Rise: Sunbreak é a escolha mais que certa e que facilmente vai pôr os jogadores a caçar durante mais dezenas ou centenas de horas. Já disponível na Switch e no PC, esta expansão vai sair no segundo trimestre de 2023 nas outras plataformas.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.

Veredito

Nota Final - 8.5

8.5

Monster Hunter Rise: Sunbreak não tem novidades muito grandes, mas as várias pequenas adições, assim como os novos mapas, monstros e tipos de missões tornam esta expansão imperdível para quem gostou de Rise.

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