Análises

Uncharted: Legacy of Thieves Collection

Duas aventuras cheias de ação

Versão testada: PC
Disponível para: PC, PlayStation 5

Dando continuidade ao lançamento recente de anteriores exclusivos PlayStation na plataforma PC, assistimos agora à disponibilidade de Uncharted Legacy of Thieves Collection, que agrega Uncharted 4: A Thief’s End e Uncharted: The Lost Legacy, permitindo assim um primeiro contacto para muitos jogadores, com as aventuras épicas de Nathan Drake e Chloe Frazer em busca de tesouros escondidos e uma emocionante jornada de ação global em vários pontos do planeta.

Não deixa de ser estranho o facto de que, para os jogadores que tomam agora contacto pela primeira vez com esta franchise, seja disponibilizado apenas o 4º título, lançado em exclusivo na Playstation 4 em 2016 e a expansão standalone que foi lançada em 2017, também em exclusivo naquela plataforma. Em termos de coesão da história, não deixam de existir referências ou contextos familiares e de ocorrências que aconteceram nos três primeiros Uncharted que naturalmente podem passar despercebidas a quem nunca jogou estes títulos. Não significa que não seja aproveitado na totalidade o que este bundle Legacy of Thieves tem para oferecer, até porque, ambos os jogos possuem características de evolução e salto qualitativo, a vários níveis, face à trilogia não disponível no PC, mas será sempre uma opção debatível, talvez não transposta por questões técnicas relacionadas com a exigência necessária aos ports para esta plataforma.

Apesar de tudo, será de destacar que esta versão para PC é o port do upgrade lançado para a Playstation 5 em Janeiro do presente ano, pelo que todas as características adicionadas aos 2 títulos, como o suporte para o comando DualSense com a utilização do haptic feedback e dos adaptive triggers, é também aqui suportado. Adicionalmente, a flexibilidade desta plataforma permite um uso irrepreensível de outros comandos ou de teclado e rato.

Assim, Uncharted 4: A Thief’s End traz-nos a história de Nathan Drake, um agora veterano caçador de tesouros que está retirado das emoções de uma vida intensa de aventuras, três anos depois dos eventos ocorridos em Uncharted 3: Drake´s Deception. A vida agora mais pacata e familiar, junto a Elena, a sua paixão de sempre, é abruptamente interrompida quando o seu irmão Sam Drake reaparece, com a proposta para a descoberta do tesouro perdido do pirata lendário Henry Avery. Aqui começa mais um conjunto de eventos numa intensa caça ao tesouro, que os leva a muitos locais diversos em busca de Libertalia, um local secreto escondido nas florestas luxuriantes de Madagascar.

Apesar da premissa da história prever uma aventura constantemente frenética, devo dizer que, em termos de ritmo, ao contrário dos jogos anteriores, Uncharted 4: A Thief’s End perde um pouco da coesão por quebras de pacing entre vários momentos da aventura, com uma alteração ao argumento, no sentido de dar uma maior densidade aos vários personagens. Diria que a mistura de um jogo e de uma aventura cinematográfica está aqui mais diluída, destacando-se grandes setpieces de ação frenética e de momentos mais calmos onde vamos observando e acompanhado o lado mais íntimo dos nossos heróis e das suas vivenças, emoções, medos e alegrias.

Ao contrário de Uncharted 4: A Thief’s End, a expansão standalone Uncharted: Lost Legacy é bastante mais consistente no argumento, cuja história decorre depois dos eventos do jogo base anterior, e considero que esta aventura que nos faz acompanhar as personagens carismáticas de uma caçadora de tesouros, Chloe Frazer e de uma paramilitar destemida, Nadine Ross, consegue reunir todos os ingredientes na dose certa da aventura e da história que vamos desbravando. Esta aventura decorre agora num setting mais contido, na Índia, sendo de destacar os momentos visuais deslumbrantes, com uma história onde o ritmo é equilibrado e bastante envolvente no objetivo de descobrirmos o tesouro chamado Tusk of Ganesha.

Relativamente ao port de ambos os jogos para PC, este é um trabalho competente, mas sem grande inovação face às potencialidades desta plataforma. Sendo certo que, em termos de performance, esta estará suportada pela diversidade de sistemas existentes, com nota de destaque para a disponibilidade de DLSS e de FidelityFX Super Resolution, nas placas gráficas da Nvidia e AMD, respetivamente, ao longo das várias horas que levei a terminar ambos os jogos, não registei qualquer bug ou anomalia de destaque, salientando que, no meu sistema, sempre mantive os 4k 120fps sem quebras e sempre consistentes. Obviamente que a plataforma PC permite mais flexibilidade em garantir uma variedade de presets nas opções gráficas que possibilitem a melhor qualidade de imagem disponível face ao hardware, com a garantia de um framerate aceitável para o utilizador. Do ultra ao low ou vice-versa nos vários parâmetros gráficos disponibilizados, será uma escolha que estará sempre condicionada aos vários fatores de GPU e CPU envolvidos na equação desta plataforma.

Em suma, seja na possibilidade de se revisitar no PC os jogos Uncharted 4: A Thief’s End e Uncharted: Lost Legacy ou seja a primeira descoberta que se faça destes títulos, a diversão estará garantida graças ao selo de qualidade da Naughty Dog com a entrega de uma aventura clássica e cheia de peripécias e bons momentos de ação e emoção.

Nota editorial: Cópia fornecida pela editora para efeitos de análise.
Sistema: Ryzen 5600x; Nvidia RTX 4090; 16Gb Memória 3600Mhz; Windows 11

Veredito

Nota Final - 9

9

Quer seja a primeira vez ou um revisitar destas aventuras, o selo de qualidade da Naughty Dog está garantido ao oferecer dois títulos cheios de ação, através de um bom port para PC.

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