Análises

Dark Souls 2: Crown of the Sunken King

Crown of the Sunken King é a primeira de três expansões planeadas para Dark Souls 2, onde o jogador tem de encontrar uma das coroas que pertenceram outrora a Vendrick. Esta nova área representa um novo desafio e a oportunidade de encontrar novas armas, equipamento e magias.

Para acederem a esta nova área, precisam de investigar o obelisco gigante que se encontra na sala do Primal Bonfire em Black Gulch. Isto significa que primeiro têm de enfrentar o boss The Rotten. Ao investigar o obelisco, serão transportados para uma sala que, propositadamente ou não, tem algumas semelhanças com o Firelink Altar de Dark Souls. É assim que vão chegar a Shulva – Sanctum City.

dark souls 2 crown of the sunken king scr1Shulva é uma área diferente daquelas existentes no jogo original, mas para melhor. O design das áreas originais de Dark Souls 2 não têm o nivel de interligação das áreas de Dark Souls, resultando em transições entre áreas mal executadas. Shulva tráz de volta o nível de interligação e qualidade de design do primeiro Dark Souls, onde as diferentes secções se encaixam como de peças de um puzzle se tratassem. A cerca de um terço do fim, é possível desbloquear um atalho para o primeiro bonfire de Shulva, e isso trás boas recordações de Dark Souls. Inicialmente a navegação pode parecer algo confusa, mas talvez seja por as áreas originais serem mais lineares.

A primeira secção de Shulva envolve alguns puzzles, como erger torres para criar um caminho ou apanhar itens escondidos, e atingir certos dispositivos para abrir áreas secretas ou desligar armadilhas. Na secção seguinte, o jogador tem navegar por corredores estreitos e pontes partidas. Alguns bonfire estão bem escondidos, por isso, procurem bem. Este é o nivel de exploração que infelizmente não existe nas áreas originais de Dark Souls 2.

Crown of the Sunken King é desafiante. Os novos inimigos têm bastante resistência e têm também a capacidade de causar o status poison. A colocação dos inimigos é inteligente e obriga a alguma cautela e estratégia na hora de os enfrentar. No entanto, a dificuldade em si deve-se à quantidade de inimigos e não por serem inimigos particularmente desafiantes ou interessantes.

Infelizmente, as lutas de bosses são muito desinspiradas. A luta contra Sinh é interessante pela arena de luta e por ser uma batalha de resistência, apesar de ter alguns movimentos semelhantes aos do Kalameet de Dark Souls. Já as outras duas lutas de bosses reciclam descaradamente coisas vistas anteriormente em Dark Souls 2, sendo a luta de boss opcional o melhor exemplo disto. Apesar de terem nomes diferentes, certamente que vão achar Graverobber, Varg e Cerah muito familiares. Neste aspecto, acaba por ser uma oportunidade perdida, pois a equipa de produção podia e deveria ter tentado fazer algo diferente e original.

Completar Crown of the Sunken King demora pouco mais de 4 horas, mas vão conseguir retirar mais longevidade caso explorem todos os recantos e descubram todos os segredos de Shulva – Sanctum City. E se quiserem expremer ainda mais longevidade, podem experimentar novas builds usando algumas das armas ou magias desta expansão, ou ajudar outros jogadores.

Crown of the Sunken King é um bom começo no que toca a conteúdo adicional para Dark Souls 2. Não tem lutas de bosses memoráveis nem inimigos particularmente desafiantes, mas a qualidade do design dos níveis é superior aquela vista nas áreas originais, o que por si só torna a exploração muito mais agradável e interessante. Se Crown of the Sunken King for indicativo da qualidade das próximas expansões, então, é motivo para ficar entusiasmado.

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