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2016: Um ano em destaque para Bandas Sonoras de Videojogos

Uma das vertentes que garante a solidez e coesão num videojogo é a sua banda sonora, a qual permite marcar muitas vezes, com as suas variações e intensidades sonoras, o ritmo e a emoção que emergem durante os momentos de jogabilidade e evolução da história.

Com o lançamento, durante o ano de 2016, de uma imensa variedade de videojogos com bastante qualidade, foi possível ficar a conhecer várias bandas sonoras que se tornaram marcantes e que gostaria de destacar:

The Last Guardian – Takeshi Furukawa

Com a banda sonora do magistral jogo The Last Guardian, o compositor Takeshi Furukawa conseguiu dar a emoção necessária à obra de Fumito Ueda, com os necessários toques épicos e laços de amizade que marcam as aventuras da pequena e frágil criança e da híbrida criatura gigante.

As músicas de The Last Guardian foram tocadas pela Orquestra Sinfónica de Londres e contou com os Coros Trinity Boys e London Voices.

A par do lançamento pela Sony de um modo especial para o Headset Companion App que os headsets compatíveis podem usufruir, o reconhecimento da qualidade desta banda sonora levou ao lançamento de uma edição especial em vinil que os colecionadores certamente apreciarão.

Unravel – Frida Johansson & Henrik Oja

A Banda Sonora de Unravel, um jogo que não tem diálogos ou texto, é descrita pelo seu diretor criativo, Martin Sahlin, como a voz que permite ligar a jogabilidade à história e unir todos os elementos de um modo homogéneo, permitindo-nos viajar pela música até às longínquas paisagens rurais da Suécia para ajudarmos o adorável Yarny, uma pequena criatura feita de lã vermelha, a explorar o mundo que o rodeia e a ultrapassar os seus obstáculos através do inovador uso do fio do seu próprio corpo.

A banda sonora de Unravel, criada por Frida Johansson e Henrik Oja, foi inspirada em música folk tradicional sueca, com recurso a instrumentos musicais tradicionais da região e permitiu estabelecer o ambiente perfeito e harmonioso, o qual se poderá traduzir e descrever como uma “bela melancolia”.

Bound – Oleg Heinali Shpudeiko

Bound é um adorável e inovador jogo de plataformas que, pelo uso da dança como base do movimento da nossa personagem, permite alguns momentos de beleza e fluidez única, aspeto em que inevitavelmente sobressai a música que nos acompanha e que transmite a sonoridade adequada para um envolvimento com aquele mundo artístico único.

A música de Bound tem por base a utilização do piano, órgão e instrumentos eletrónicos, os quais se fundem em melodias originais e muito emotivas, destacando-se temas como “First Argument”; “Escape” ou “Last Step”, entre outros.

Battlefield 1 – Johan Söderqvist, Patrik Andrén

Com Battlefield 1 foi possível vivenciar a intensidade dos combates em cenários da 1ª Guerra Mundial, sendo que, um dos vários aspetos marcantes da campanha no modo single player é, sem dúvida, a marcante banda sonora que contém alguns temas sinfónicos épicos e que conseguem dar a envolvência necessária a este grandioso jogo.

Não é possível ficarmos indiferentes quando se ouve temas como “The War to End All Wars”; “Prologue “We Push..” ou “Flight School”, os quais nos fazem levantar o volume, tornando o jogo ainda mais imersivo perante tal intensidade sonora dramática. Em contraponto, para contraste com as músicas que acompanham momentos de acção frenética, destacam-se também temas mais calmos, mas bastante densos e consistentes com o ambiente do jogo, com destaque para The Flight of the Pigeon ou Dawn of a New Time.

Estes são alguns dos destaques pessoais de bandas sonoras que se evidenciaram durante este ano que agora finaliza, mas existem muitas outras referencias marcantes de obras que sobressaem pela sua enorme qualidade, como a banda sonora de Doom; Oxenfree; Inside, Dark Souls 3, Abzu, Final Fantasy XV, entre muitas outras.

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