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Nioh: Análise em progresso

O embargo já terminou, mas a nossa análise ainda vai demorar uns dias até estar pronta. Com um jogo desta dimensão e complexidade, uma semana não foi tempo suficiente para ver tudo aquilo que Nioh tem para mostrar. Por isso, e se tudo correr bem, esperamos publicar a análise no fim de semana.

Depois de ter jogado a ultima demo de Nioh, algumas dúvidas ficaram a pairar no ar. Nioh é um jogo equilibrado em termos de dificuldade? O ciclo de jogo torna-se repetitivo a longo prazo? O tempo passado com o jogo final completo, esclareceram estes dois aspectos.

Nioh é desafiante, não só pelo ritmo de combate, mas também pelos sistemas existentes. Dominar a velocidade de combate, utilizar os sistemas de Ki Pulse eficazmente, gerir a stamina e aprender o padrão de ataque dos inimigos, pode ser demasiado para alguns. A curva de aprendizagem é maior que a dos Soulsborne, e muito provavelmente, irão precisar de mais tentativas nos bosses de Nioh do que pensariam inicialmente. No entanto, e apesar da dificuldade, Nioh ainda não ultrapassou a linha entre o difícil e o frustrante.

O segundo ponto, o ciclo de jogo, foi algo que me surpreendeu pela positiva. Numa altura onde a grande maioria dos jogos opta por uma estrutura open world, mesmo que isso não os beneficie, Nioh utiliza uma estrutura mais tradicional. As missões são escolhidas directamente num mapa e somos transportados para o inicio do nível. Para além das missões principais, existem também missões secundárias, cujos objectivos variam em complexidade. Depois, têm também a possibilidade de repetir missões de história numa dificuldade superior, e com uma composição de inimigos diferente. Estas Twilight Missions são basicamente o hard mode, e oferecem melhores recompensas.

O nível da personagem e o equipamento têm uma maior importância do que nos Soulsborne. E por isso mesmo, o sistema de loot é reminiscente de jogos como Diablo 3. Os inimigos podem deixar armas e equipamento, que variam em termos de estatísticas, raridade e nível, havendo depois a opção de fundir peças para aumentar o nivel ou até a opção de fazer reforge a estatísticas do do equipamento. Adicionalmente, existem também sets de equipamento que, conforme a quantidade de peças usadas, oferecem bónus adicionais.

As 30 horas que passei em Nioh foram largamente positivas, e o jogo surpreendeu-me em vários pontos. Mas existem coisas que não gostei particularmente. Os inimigos têm um tracking bastante agressivo, o que aliado a menores frames de invencibilidade, causam dificuldade excessiva em lidar com determinados ataques. E as animações do protagonista, embora não tenham impacto na jogabilidade, são um pouco rígidas, o que contrastam negativamente com a rapidez do combate.

Uma coisa é certa. Nioh não é um clone barato de Dark Souls. Na verdade, nem o tenta ser. Nioh é simplesmente um jogo que vai buscar inspiração em elementos de outros jogos, mas que oferece algo suficientemente único e coeso, capaz de o diferenciar dos restantes jogos do género.

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